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Bicampeões Abel e Mosimane têm caminhos parecidos por Palmeiras e Al Ahly

Abel Ferreira e, ao fundo, Pitso Mosimane, durante disputa do terceiro lugar do Mundial de Clubes de 2021 - Cesar Greco/Sociedade Esportiva Palmeiras
Abel Ferreira e, ao fundo, Pitso Mosimane, durante disputa do terceiro lugar do Mundial de Clubes de 2021 Imagem: Cesar Greco/Sociedade Esportiva Palmeiras

Colaboração para o UOL, em São Paulo

08/02/2022 04h00

Quase um ano após a decepcionante derrota nos pênaltis para o Al Ahly na disputa do terceiro lugar do último Mundial de Clubes, Abel Ferreira reencontrará Pitso Mosimane hoje, às 13h30, pela semifinal da atual edição do torneio.

Bicampeões continentais de forma consecutiva, os dois treinadores carregam coincidências em suas trajetórias pelo Palmeiras e pela equipe do Cairo.

Abel e Mosimane chegaram ao posto que ocupam no segundo semestre de 2020, e em pouco tempo faturaram a Libertadores e a Champions League africana, respectivamente.

O português o fez diante do Santos, rival local do Verdão, em janeiro de 2021. O mesmo ocorreu dois meses antes com o técnico sul-africano, que derrotou o Zamalek, adversário histórico dos Diabos Vermelhos no Egito.

Até alcançarem seus respectivamente bicampeonatos continentais —em intervalos de menos de um ano, nos dois casos—, ambos foram vitoriosos em torneios domésticos. Abel Ferreira na Copa do Brasil, e Mosimane na do Egito, além da Supercopa africana, que voltaria a conquistar na temporada seguinte.

Crítico ao formato do Mundial, Mosimane já foi campeão africano em 2016

Pitso Mosimane, técnico do Al Ahly, concedeu entrevista após a classificação de sua equipe para a semifinal - Angel Martinez/ FIFA/Getty Images - Angel Martinez/ FIFA/Getty Images
Pitso Mosimane, bicampeão pelo Al Ahly, também foi campeão africano pelo Mamelodi Sundowns
Imagem: Angel Martinez/ FIFA/Getty Images

Crítico ao atual formato do Mundial de Clubes, com os clubes sul-americanos se classificando diretamente às semifinais, Pisto Mosimane já havia sido campeão africano antes de chegar ao Al Ahly.

Em seu país natal, pelo Mamelodi Sundowns, o treinador derrotou o Zamalek na final e faturou o título de 2016. No Mundial daquele ano, a equipe de Jingles, como é conhecido o treinador, foi eliminada nas quartas de final e acabou o torneio no sexto lugar.

Agora, pouco mais de cinco anos depois, Mosimane disputa a competição pela terceira vez. Após uma dura classificação diante do Monterrey, com vitória pelo placar mínimo e dez desfalques, o comandante dos Diabos Vermelhos questionou a Fifa sobre a vaga direta para as equipes da América do Sul nas semis.

"Até quando os africanos têm que provar? Por que o Palmeiras está na semifinal e nós não? Não ganhamos deles no ano passado? Qual a diferença? Qual o critério?", perguntou o técnico, em entrevista ao canal Bandsports.

Com o time reforçado pelo retorno de parte dos vice-campeões pelo Egito na Copa Africana de Nações, o sul-africano terá a chance de provar seus argumentos diante do Palmeiras, e conquistar uma vaga à final do Mundial pela primeira vez em sua carreira.

O jogo, que marca a reedição da disputa pelo terceiro lugar da temporada passada, no estádio Al Nahyan, em Abu Dhabi.