Comitê da Fifa julga hoje Brasil x Argentina paralisado pela Anvisa
O Comitê Disciplinar da Fifa toma nesta quarta-feira (9) uma decisão a respeito do Brasil x Argentina pelas Eliminatórias da Copa 2022. A expectativa na CBF é que o órgão decida pela remarcação da partida. Outra possibilidade é que o órgão dê os pontos da partida a algum dos lados. De qualquer forma, caberá recurso ao Comitê de Apelações.
A decisão da Fifa é crucial para a definição do calendário da seleção nos próximos meses. É preciso saber se haverá um jogo a ser disputado obrigatoriamente antes de fechar possíveis amistosos, entre eles o Brasil x Inglaterra organizado em parceria com Conmebol e Uefa.
O Brasil x Argentina chegou a ser iniciado no dia 5 de setembro, na Neo Química Arena, mas foi interrompido após agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irem a campo para impedir que quatro jogadores argentinos disputassem a partida por não terem cumprido quarentena.
Na ocasião, estava em vigor uma portaria que determinava quarentena de 14 dias para quem viesse do Reino Unido, como foi o caso do goleiro Emiliano Martínez, do zagueiro Cristian Romero, do volante Giovani Lo Celso e do atacante Emiliano Buendía. Os três primeiros foram escalados como titulares no jogo em São Paulo.
O procedimento disciplinar foi aberto pela Fifa ainda em setembro. A CBF e a Associação do Futebol Argentino (AFA) enviaram as manifestações iniciais ainda em 2021 e apresentaram as alegações finais no dia 27 de janeiro. Posteriormente, a Fifa informou às entidades sobre o julgamento de hoje. A decisão será tomada com base nos documentos inseridos nos autos. Não há sustentação oral de advogados.
Os argentinos tentam escapar de uma punição dizendo que indivíduos não autorizados invadiram o campo e causaram a interrupção da partida. A AFA citou ainda que a CBF não garantiu a segurança para a continuidade da partida.
O lado brasileiro, por sua vez, reiterou que os quatro jogadores apresentaram declarações falsas para entrar no Brasil e se recusaram inúmeras vezes a receber a notificação que as autoridades públicas queriam entregar. A CBF pontuou que as autoridades públicas tiveram que ir ao estádio para dar cumprimento às leis do país e que a única responsável pela não continuidade da partida foi a seleção argentina.
A Fifa já consultou informalmente as duas entidades. O assunto esteve na roda de conversa, por exemplo, no mês passado, quando cartolas vieram à Conmebol para a festa dos seis anos de mandato do presidente Alejandro Domínguez. Brasil e Argentina já estão classificados para a Copa do Mundo. Logo, o resultado da partida não faria diferença para a distribuição de vagas via Eliminatórias.
Para os dirigentes da CBF, é interessante jogar novamente pelos aspectos técnico e financeiro. Dentro de campo, é interessante o enfrentamento contra um rival de peso. Inclusive, caso a Fifa não remarque a partida e dê os pontos para o Brasil, há uma conversa envolvendo a Pitch — detentora dos direitos comerciais dos amistosos — para marcação de um jogo em junho.
Financeiramente, a não realização do jogo trava o pagamento por parte da Globo pelos direitos de transmissão da partida. Cada confronto do Brasil como mandante nas Eliminatórias rende US$ 2,5 milhões à entidade (R$ 13,1 milhões, na cotação atual).
Técnico da seleção brasileira, TIte já foi perguntado em diversas ocasiões sobre o assunto. Como mantra, já respondeu: "Justiça, justiça e justiça". As atitudes de Messi e do técnico argentino, Lionel Scaloni, decepcionaram o treinador.
"Minha opinião como preparação para a Copa do Mundo é que essa partida aconteça, não podemos levar essa indefinição. Nossos números são os melhores dentre todas as campanhas e é importante para nós esse jogo contra a Argentina aqui", completou o auxiliar César Sampaio, na coletiva após a convocação de janeiro, antes dos jogos contra Equador e Paraguai.
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