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Por que leva tempo a busca do Corinthians no mercado por um novo técnico

Duilio Monteiro Alves, presidente do Corinthians, acompanhado de Alessandro e Roberto de Andrade - Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Duilio Monteiro Alves, presidente do Corinthians, acompanhado de Alessandro e Roberto de Andrade Imagem: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Yago Rudá

Do UOL, em São Paulo

08/02/2022 04h00

A busca do Corinthians por um novo treinador caminha a passos lentos. Quase perto de completar uma semana da demissão de Sylvinho, o clube do Parque São Jorge nem sequer tem uma negociação aberta com algum dos candidatos ao cargo. A diretoria age com extrema cautela nos bastidores, tem preferência por um comandante estrangeiro e aciona seus contatos no mercado da bola para representar o Timão na Europa.

Depois de inúmeras conversas no CT Joaquim Grava, a cúpula corintiana entendeu que o momento pede por um treinador experiente e com ampla rodagem internacional. Os nomes que estão sendo estudados são, em sua maioria, de portugueses — visto o recente sucesso dos lusos Abel Ferreira e Jorge Jesus no futebol brasileiro e a facilidade da língua e da cultura.

O Corinthians tem pressa, quer resolver o problema nos próximos dias, e autorizou o iraniano Kia Joorabchian, velho conhecido da Fiel Torcida, a representá-lo nas conversas com treinadores que interessam ao clube. O agente, que vive em Londres e intermediou a negociação com o Arsenal pelo meia-atacante Willian, é nome influente no mercado europeu e tem sido peça-chave na operação.

O Timão já descartou o nome do ex-flamenguista Jorge Jesus, que nem aceitou abrir negociações com o clube do Parque São Jorge por priorizar as férias com a família. A possibilidade do também português Paulo Fonseca está descartada, já que as conversas iniciais não avançaram. A bola da vez é Vítor Pereira, ex-comandante do Fenerbahce, da Turquia, e que recentemente negociou com o Everton, da Inglaterra.

Caso não dê certo com o treinador, o Corinthians tem outros nomes na lista. O clube está aberto a indicações, como aconteceu com Fonseca, e está disposto a pagar algo em torno de R$ 1,5 milhão mensal ao novo treinador —mais de cinco vezes mais do que Sylvinho recebia. A expectativa é de, quando encontrar alguém que encare o desafio de comandar a equipe na Copa Libertadores, a conversa flua rápido e o contrato seja assinado em poucas horas.

Até lá, em silêncio e sem dar alarde aos torcedores, o Alvinegro do Parque São Jorge manterá sua postura de sondagem via intermediários até que as negociações avancem. A diretoria trabalha com calma para não cometer erros na escolha do treinador.

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