Qual o plano do Internacional para utilizar oito volantes no elenco?

Rodrido Dourado, Rodrigo Lindoso, Liziero, Edenilson, Matheus Dias, Johnny, Bruno Gomes e Gabriel. São estes os oito volantes que o grupo do Inter terá a partir das confirmações das contratações dos dois últimos. E podem ser nove, já que Lucas Ramos, se necessário, pode ser recuado também. O acúmulo de jogadores para o centro do campo chama atenção em um clube que não pode esbanjar em investimento ou folha de pagamento, mas faz parte de um projeto que mira atender o técnico Alexander Medina.

O treinador uruguaio entende que a dupla de jogadores que atua por dentro não tem apenas a função de marcação, mas é o principal vértice das transições ofensivas e defensivas que a equipe fará durante os 90 minutos. Por isso, é necessário ter alternativas que possam atuar de formas diferentes e se completem dentro das necessidades do enfrentamento.

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Por exemplo, Rodrigo Dourado é um jogador mais lento e forte na bola aérea. É um marcador nato, um típico camisa cinco. Suas capacidades completariam um jogador de mais velocidade em deslocamento ou saída, casos de Edenilson ou Gabriel. Liziero é um jogador de mais intensidade, Johnny um pouco mais técnico, o mesmo vale para Bruno Gomes e Lindoso é melhor na bola longa. E assim, Cacique pretende escolher a dupla a partir do que verificar no oponente.

"São várias características que são importantes em volantes. Boa bola aérea, capacidade de marcação, entendimento do jogo, visão de movimentos, intensidade. Um jogador com todas elas seria completo. Mas temos que ir casando características a partir do que o jogo pede", afirmou o treinador recentemente.

O acúmulo de volantes também se dá pela previsão de desgaste. Dentro do modelo de jogo de Alexander Medina, os atletas desta faixa de campo estão em constante combate com rivais, além de serem responsáveis por iniciar a construção de jogadas. Precisam agir rápido para encontrar os melhores caminhos e dar sequência aos lances do time. Ficarão, naturalmente, desgastados e precisarão de alternância para encontrarem a melhor forma de atuar.

Não bastasse isso, dois outros pontos justificam a presença de tantos atletas para uma região em que apenas dois — no máximo três — atuam por vez. A primeira é a possibilidade de jogadores considerados volantes atuarem na armação, como foi com Edenilson no duelo com o Ypiranga, pelo Gauchão. E também a competição interna que o clube pretende manter no mais alto nível.

Por considerar o meio-campista central uma função vital no modelo de jogo, é ali onde a concorrência por titularidade precisa ser mais forte.

"Se olhar o modelo de jogo do Inter, podemos comparar com outras equipes também, a nomenclatura de volante é uma coisa que sofre mudanças ao longo do tempo. Muitos jogam como meias, mais adiantados, e precisamos de um grupo de jogadores competitivo internamente pelas posições, como diz o nosso treinador. O Inter busca reforços dentro das carências que tem e este modelo de jogo busca uma transição rápida, nosso elenco precisa se adequar a isso, partindo dessa mecânica", disse o presidente Alessandro Barcellos ao Sportv.

Desta forma, o Inter irá alternar seus volantes pelo desgaste e os utilizará dependendo das características que têm e do que o jogo pede, além de manter a competição alta. Por isso, entende que é necessário ter tantos atletas da função.

Mercado da Bola segue ativo

Enquanto isso também há possibilidade de saídas. Rodrigo Dourado voltou a ser citado como alvo de equipes da Europa. Dessa vez, clubes da Turquia buscaram informações sobre o marcador. Porém, segundo apurou a reportagem do UOL Esporte, até o momento não foi apresentada oferta oficial por ele.

Com Bruno Gomes e Gabriel, o Colorado fechou o ciclo de reforços para o meio-campo. Buscará, agora, efetivar a antecipação da chegada do lateral direito Fabrício Bustos e ainda mira um atacante de velocidade, um centroavante e um zagueiro, podendo ter até 10 novos jogadores para a temporada 2022.