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Mercado da bola renderá cerca de R$ 4 mi ao Cruzeiro após transferências

Fabrício Bruno, em coletiva, no período em que defendia o Cruzeiro - Vinnicius Silva/Cruzeiro
Fabrício Bruno, em coletiva, no período em que defendia o Cruzeiro Imagem: Vinnicius Silva/Cruzeiro

Lohanna Lima

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte, MG

09/02/2022 04h00

Vivendo situação financeira delicada, o Cruzeiro tem motivos para comemorar. O mercado da bola esteve movimentado nas últimas semanas e as transferências de alguns jogadores que já atuaram pela equipe renderão cerca de R$ 4 milhões aos cofres da instituição.

Fabrício Bruno, negociado pelo Red Bull Bragantino com o Flamengo, vai gerar ao Cruzeiro o maior valor: cerca de R$ 3,2 milhões. O zagueiro foi vendido pelo clube paulista ao rubro negro pela quantia estimada de R$ 15 milhões. Em 2020, o Cruzeiro informou em seu balanço financeiro que detém 20% dos direitos econômicos do atleta. Além disso, a Raposa espera receber 1,3 % do valor da transferência por meio do mecanismo de solidariedade da Fifa.

A expectativa é a mesma em relação às negociações que envolveram o volante Ederson e o zagueiro Murilo Cerqueira. Por também ter participado do período de formação desses dois atletas, o clube celeste terá direito ao percentual garantido pela Fifa. As informações sobre a porcentagem do mecanismo de solidariedade foram divulgadas pela plataforma Rede do Futebol.

Ederson foi vendido pelo Corinthians ao Salernitana, da Itália. O valor especulado da negociação é de ?6 milhões (R$36,6), uma vez que os clubes não divulgaram oficialmente detalhes da transação. O Cruzeiro tem direito a 0,79% do valor, o que renderá a quantia aproximada de R$ 310 mil.

Quem também contribuirá gerando dinheiro ao clube é o zagueiro Murilo Cerqueira. Segundo apuração do UOL Esporte, o Palmeiras pagou ?2,5 milhões ao Lokomotiv Moscou pelo jogador. O percentual destinado ao Cruzeiro pelo mecanismo de solidariedade é de 3,58%. Com isso, Murilo renderá R$ 507 mil.

Saídas conturbadas

Em dezembro de 2019, poucas semanas após a queda do Cruzeiro à Série B, Fabrício Bruno acionou o clube na Justiça pedindo rescisão de contrato e R$ 4 milhões. Em janeiro de 2020, para ser liberado, ele retirou a ação e abriu mão dos valores pendentes. Assim, ficou livre no mercado e fechou com o Red Bull Bragantino em fevereiro daquele ano.

Ederson seguiu caminho parecido. Em janeiro de 2020, o volante entrou na justiça contra o Cruzeiro pedindo a rescisão de contrato com sob a alegação de salários atrasados e outras verbas trabalhistas. No mês seguinte, Ederson fechou com o Corinthians por cinco temporadas.