Piquerez tem média de uma final a cada 10,5 jogos disputados no Palmeiras
Matias Viña foi chamado de "top, top, top" na primeira entrevista de Abel Ferreira como técnico do Palmeiras. O treinador via no lateral esquerdo uruguaio um dos jogadores mais qualificados do grupo. Sua venda para a Roma (ITA) tinha potencial para tirar a paz de Abel. Mas isso não aconteceu, porque Piquerez, compatriota de Viña, foi contratado de bate-pronto para substituir o jogador negociado.
Embora tenha que substituir um dos atletas mais elogiados por Abel, Piquerez não vem decepcionando. Ganha fácil a disputa com Jorge pela vaga de titular e, antes mesmo de completar 30 jogos pelo time, já vai para sua segunda final de campeonato, e com papel de destaque.
As características de Piquerez e Viña não são as mesmas. O agora jogador da Roma é um atleta mas técnico, com muito menos poderio defensivo. Se fosse ocupar uma segunda posição, o meio-campo talvez acabasse sendo o local para onde ele iria. Já Piquerez tem inclusive porte físico de zagueiro. Foi nessa função que ele foi um dos trunfos de Abel na final da Libertadores, no Uruguai, contra o Flamengo, em 27 de novembro.
O uruguaio se tornou tão importante que Abel não titubeou em escalá-lo como titular diante do Al Ahly (EGI) mesmo ele tendo chegado a Abu Dhabi cinco dias depois do elenco, já que estava com covid. "Tenho certeza que ele vai estar a voar", disse o técnico, um dia antes da partida contra a equipe egípcia, em entrevista coletiva.
Piquerez revelou ter sentido os efeitos da doença na partida. Mas um desavisado que visse o jogo, jamais imaginaria estar diante de um atleta combalido fisicamente.
"A covid pega forte o físico. Eu peguei em 2021, fiquei mal fisicamente, mas desta vez foi mais leve, mais tranquilo. Eu fiquei tranquilo, consegui jogar os 90 minutos, então estou feliz por isso", disse o jogador, que pode chegar à média de um troféu a cada 10,5 jogos, se o Palmeiras vencer o Chelsea no sábado (12), às 13h (horário de Brasília).
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