Festas próximas ao Allianz são marcadas por violência há pelo menos 15 anos
As cenas violentas com membros de organizadas do Palmeiras durante comemorações festivas ou após um resultado adverso como as registradas hoje (12) que resultou na morte de um torcedor, após a derrota para o Chelsea por 2 a 1, pelo Mundial de Clubes 2021, viraram recorrentes na rua Palestra Itália, no bairro Vila Pompeia (zona oeste de São Paulo), próximo ao estádio do Verdão nos últimos anos.
Há pelo menos 15 anos registros como esses são feitos nos arredores da casa alviverde. Um dos mais sangrentos aconteceu ainda em 2008, quando dois torcedores foram esfaqueados após o Palmeiras vencer por 2 a 1 a Ponte Preta e entrar no G4 no Paulistão. A confusão deixou rastros de sangue na rua Turiassu, antigo nome da rua Palestra Itália.
Depois do episódio sangrento, outras pequenas confusões foram registradas nos arredores do estádio, mas sem feridos graves ou envolvendo um número expressivo de torcedores, voltando a registrar grandes confrontos apenas em 2016, na partida entre Palmeiras e Chapecoense pelo Brasileirão.
Naquele ano também houve confronto entre os próprios torcedores e com a Polícia Militar. Membros de torcidas organizadas atrasados pediam agilidade da polícia para a checagem de ingressos no bloqueio formado nas ruas, o que não estava acontecendo.
Pressionados, a Tropa de Choque da Polícia Militar começou a soltar bombas de efeito moral e a confusão na porta do Allianz Parque ficou instalada. Relatos de palmeirenses nas redes sociais dão conta de que as vítimas dos efeitos dos artefatos choravam e procuravam abrigo para evitar o pior.
Pouco tempo depois, em 2018 mais uma confusão envolvendo torcedores e militares voltou a ser registrada após a partida entre Palmeiras e Vitória pela última rodada do Brasileirão. Mais uma vez bombas e gás de pimenta foram lançados em direção aos torcedores após um início de conflitos.
Torcedor assassinado
Na mais recente, após o apito final na decisão do Mundial de Clubes 2021, um torcedor do Palmeiras foi assassinado e outros vários ficaram feridos após sessões de espancamentos captadas por emissoras de TV.
O torcedor chegou a ser socorrido em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos. Os que foram agredidos com socos e chutes também foram socorridos por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e nenhuma outra morte foi confirmada até o momento.
Um homem suspeito de atirar contra o torcedor foi detido poucos minutos depois da confusão. Ele é agente penitenciário e será posteriormente encaminhado para a Polícia Civil para a sequência das investigações.
Rua é bloqueada para evitar conflitos
A rua Palestra Itália, por determinação da própria Polícia Militar, sempre é interditada em dias de jogos ou comemoração de títulos e seu acesso é limitado a torcedores que não estejam com ingresso. Após a partida, a via permanece fechada para carros, porém liberada para outros transeuntes e vendedores ambulantes.
Quando conflitos assim são registrados, a cavalaria da Polícia Militar é acionada e consegue em pouco tempo apaziguar a situação, mas pelo fato da rua estar bloqueada, muitos torcedores acabam sentindo os efeitos das bombas de gás.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.