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Mundial de Clubes - 2021

Pênalti claro e crítica ao VAR: ex-árbitros analisam Palmeiras x Chelsea

Bola bate no braço de Luan após chute de Azpilicueta durante Chelsea x Palmeiras - Tullio Puglia - FIFA/FIFA via Getty Images
Bola bate no braço de Luan após chute de Azpilicueta durante Chelsea x Palmeiras Imagem: Tullio Puglia - FIFA/FIFA via Getty Images

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

12/02/2022 17h08

Em uma final marcada por duas intervenções do árbitro de vídeo, a marcação do pênalti após um toque da bola no braço de Luan, do Palmeiras, gerou insatisfação e discórdia entre alguns palmeirenses.

Na cobrança, Havertz marcou e selou a vitória do Chelsea por 2 a 1, resultado que garantiu aos ingleses o título do Mundial de Clubes. A decisão do árbitro australiano Chris Beath, no entanto, gerou discordâncias entre nomes consagrados do apito brasileiro.

O gaúcho Renato Marsiglia, por exemplo, entendeu que o lance foi indiscutível e concordou com a decisão que acabou sendo crucial para o triunfo britânico.

"O pênalti foi indiscutível! O Luan abre o braço num movimento que a regra estabelece como antinatural, ou seja, não era uma abertura de braço que se justificasse pelo movimento de corpo do jogador. A regra estabelece que nestes casos o jogador é o responsável por a bola bater no seu braço ou mão, independentemente de o toque ser ou não ser acidental", disse ele ao UOL Esporte.

Juiz da finalíssima da Copa de 1982, Arnaldo Cézar Coelho voltou a criticar a intervenção da ferramenta. Para ele, o VAR virou uma espécie de muleta para que as decisões de campo sejam transferidas:

"Quem apita é o jogo não é o árbitro ou o VAR, é a imagem da televisão. Em todo toque de mão dentro da grande área, a imagem mostra, o VAR chama e o árbitro apita. Todos transferem responsabilidade para a imagem. Isso que é o futebol moderno, eu sou um crítico do VAR e continuo sendo. A arbitragem ficou robotizada".

Já Sálvio Spínola, ex-juiz e atualmente comentarista da Globo, foi na mesma linha adotada por Marsiglia.

"Sim, pênalti. Há o braço de defesa, bloqueio da passagem da bola. Um lance de VAR, já que o árbitro não vê no campo", afirmou.

No gol de empate Alviverde, uma jogada similar marcou o jogo em Abu Dhabi. Após um toque no braço de Thiago Silva, Beath foi até a beira do campo e anotou a penalidade a favor dos alviverdes. Raphael Veiga bateu e deixou tudo igual no Estádio Mohammed Bin Zayed.