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Jornal: médicos são indiciados por atestado falso em investigação de Astori

Davide Astori Fiorentina - Claudio Giovannini/AFP
Davide Astori Fiorentina Imagem: Claudio Giovannini/AFP

Do UOL, em São Paulo

17/02/2022 15h23

As investigações envolvendo o zagueiro Davide Astori, encontrado morto em um quarto de hotel na concentração da Fiorentina em 4 de março de 2018, continuam na Itália. Quase quatro anos depois do óbito por parada cardíaca, três médicos foram indiciados pela hipótese de crime de falsificação de exames médicos. A informação é do jornal "Gazzetta dello Sport".

Em abril de 2021, o médico Giorgio Galanti, que era diretor do Centro de Medicina Esportiva do Hospital Universitário Gareggi, foi condenado peça Justiça italiana a um ano de prisão por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), pois teria errado no diagnóstico do jogador de 31 anos. Agora, ele foi indiciado junto com os também médicos Loira Toncelli e Pietro Amedeo Modesti, que sucedeu Galanti no cargo e teria destruído provas.

A nova acusação aponta para uma suposta falsificação do atestado de um exame ao qual Astori nunca teria sido submetido. Toncelli, colaboradora de Galanti, teria falsificado o atestado de um exame aprofundado para observar as respostas do músculo cardíaco. A primeira audiência do julgamento está marcada para o dia 16 de dezembro de 2022.

O ex-capitão da Fiorentina possuía miocardiopatia arritmogênica ventricular, que impede a realização de atividades futebolísticas. Em julho de 2017, Galanti chegou a assinar certificados de aprovação nos exames médicos do atleta. Em 2019, as investigações sobre a morte foram reabertas pela possível falsificação do atestado.