Lesão de Matheus Cunha reabre espaço para Richarlison e Firmino na seleção
Fora dos últimos dez jogos da seleção brasileira, os atacantes Richarlison e Roberto Firmino têm uma chance valiosa de voltar a ser lembrados pelo técnico Tite para as duas rodadas de março das Eliminatórias da Copa do Mundo. É que Matheus Cunha, atual titular da equipe, sofreu uma torção de ligamento do joelho direito num jogo do Atlético de Madri e vai ficar fora de ação por aproximadamente dois meses.
Tanto o atacante do Everton, quanto o do Liverpool, são nomes frequentes no ciclo para o Mundial do Qatar, mas sofreram com problemas físicos nos últimos meses. Tite aproveitou a brecha para dar sequência a nomes que agradaram, como o próprio Cunha, além de Raphinha, Vinicius Júnior, Antony e Rodrygo.
O último jogo de ambos pelo Brasil foi a final da Copa América. Richarlison foi titular e atuou 95 minutos, enquanto Firmino saiu do banco e participou de 49 minutos da derrota por 1 a 0 para a Argentina, em julho de 2021, no Maracanã. Desde então aconteceram quatro convocações: a dupla foi vetada de uma por seus clubes no contexto da pandemia de covid-19 e ignorada das outras. Firmino até foi chamado para os jogos contra Colômbia e Argentina em novembro, mas acabou cortado por lesão antes da apresentação.
Neste período de sete meses ausentes da seleção, Richarlison e Firmino também foram desfalques em suas equipes. O atacante do Everton perdeu 13 jogos com lesões de panturrilha e coxa. Já o jogador do Liverpool sofreu com problemas musculares e no tendão da coxa e foi baixa em 14 jogos. Ambos já vinham em ação na convocação de janeiro, mas Tite justificou não chamá-los pela "falta de sequência de jogos em função das suas lesões".
Agora o cenário é diferente. Richarlison é titular do Everton e esteve em campo nos cinco últimos jogos seguidos, com dois gols marcados. Seu time vive um período de crise, é só 16º colocado do Campeonato Inglês, e isso afeta seu desempenho em alto nível. Já Firmino atuou os nove jogos seguidos mais recentes do Liverpool — sete como titular — e também fez dois gols - um deles na vitória fora de casa sobre a Inter de Milão, pela ida das oitavas de final da Liga dos Campeões, ontem (16).
Na seleção, a dupla da Inglaterra divide a vice-artilharia nos 44 jogos desde a Copa do Mundo da Rússia com dez gols cada — Neymar soma 13. Também deram as mesmas quatro assistências, num ranking que só tem Gabriel Jesus (6), Renan Lodi (6) e Neymar (19) na frente.
Ou seja, são jogadores importantes para a comissão técnica e seu resgate dentro da seleção é tratado como fundamental para que se tenha o maior número possível de peças em alto nível. É algo parecido com o que foi feito com Philippe Coutinho recentemente.
Para o ataque, a última lista de Tite teve Antony (Ajax), Gabigol (Flamengo), Gabriel Jesus (Manchester City), Matheus Cunha (Atlético de Madri), Raphinha (Leeds), Rodrygo (Real Madrid) e Vinicius Júnior (Real Madrid). A próxima convocação será no começo de março para os jogos contra Chile e Bolívia, dias 24 e 29.
Matheus Cunha já está descartado e Gabriel Jesus não joga pelo Manchester City desde janeiro em razão de problemas musculares. Ou seja, o argumento de que falta sequência pode ser retomado e assim seriam abertas duas vagas no ataque. Além de Richarlison e Firmino na disputa, Neymar também retorna de lesão e fica à disposição na próxima janela de jogos.
Há possibilidade de Tite trocar vaga de alguma outra posição para testar mais atacantes ou mesmo aumentar o número de convocados, pois a seleção tem sete atacantes pendurados com um cartão amarelo e pode ter problemas para o segundo jogo de março: Neymar, Richarlison, Gabriel Jesus, Vinicius Júnior, Gabigol, Raphinha e Antony.
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