Ceni reforça tendência de time titular em meio a trocas no São Paulo
Rogério Ceni segue fazendo um revezamento de atletas no São Paulo, com receio de um surto de lesões como no ano passado. O treinador já usou 25 atletas —mais de dois times— ao longo das seis partidas realizadas pelo Paulistão. Ainda assim, já é possível identificar uma cara que o Tricolor terá para a temporada, no momento em que ele entender que seja propício para o uso de uma base.
A dificuldade em contratar mais um zagueiro fez com que Rogério Ceni definisse que o time jogará com uma linha de quatro defensores. Nas partidas até aqui, o sistema 4-3-3 tem sido o preferido do treinador, com variação para um 4-2-4. Mas são nas peças do esquema que alguns mistérios começam a ser resolvidos. No gol, Jandrei parece ter vencido a concorrência de Tiago Volpi e já completa três partidas seguidas como titular da meta são-paulina.
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A defesa também começa a ganhar uma cara titular, apesar de ser um dos setores mais afetados pelo rodízio de Ceni. No jogo de ontem, por exemplo, Léo foi titular da lateral esquerda, mesmo tendo atuado praticamente como um ponta, função que melhor funcionaria com Reinaldo. O fato de o camisa 6 ter atuado durante 90 minutos diante da Ponte Preta fez com que Ceni optasse por poupá-lo. A tendência é que a titularidade da posição siga com ele.
A mudança no setor vem na dupla de zaga. Se Arboleda se firma cada vez mais, virando quase um intocável, Miranda tem perdido espaço. Depois de uma atuação ruim contra o Red Bull Bragantino, o veterano foi para o banco e viu o jovem Diego Costa ganha mais minutos —ele tem a confiança do técnico e está se firmando entre os 11.
Depois do jogo contra a Ponte Preta, Ceni deixou a disputa aberta, mas afirmou que Diego Costa é melhor com a bola nos pés. "O Miranda para mim ainda é o melhor no um contra um do Brasil mesmo aos 37 anos. No um contra um defensivo ninguém ganha do Miranda. Mas como meu time fica de 60 a 66% com posse de bola durante todo o jogo, eu preciso da construção, e o Diego desenvolve isso pela juventude, pela energia que ele tem."
O meio de campo é um problema para o treinador por causa do físico. Luan ainda se recupera do problema muscular sofrido no ano passado e abriu uma disputa na posição de primeiro volante. Gabriel Neves seria o substituto natural, mas o uruguaio tem brigado pela posição com Rodrigo Nestor e, mais recentemente, com o recém-promovido Pablo Maia, que entrou bem contra a Ponte Preta e foi titular diante da Inter de Limeira. Agora, quando Luan estiver pronto, tudo indica que a posição seja sua, sem muito espaço para discussão.
As outras duas vagas parecem preenchidas. Alisson e Gabriel Sara são considerados fundamentais para os planos de Ceni. O ex-jogador do Grêmio não foi titular apenas na partida de ontem, enquanto o jovem de Cotia iniciou todos os jogos da temporada.
A disputa no ataque é a mais aberta e com opções de características distintas. Rigoni e Nikão começaram como titulares das pontas, mas o argentino ainda não reencontrou o bom futebol e o ex-jogador do Athletico não está em sua condição física ideal.
Do banco, Marquinhos e Éder acompanham tudo, esperando por mais chances. O jovem foi titular contra a Inter de Limeira, mas pouco conseguiu render e saiu no segundo tempo. O veterano, por outro lado, tem entrado bem nos últimos jogos e feito com que Ceni mude a formação para que ele consiga atuar ao lado do titular Jonathan Calleri.
"O Calleri é um fazer de gols. O que ele tem de melhor é o último toque dentro da área, a finalização, a briga, um jogo aéreo relativamente bom. A técnica quem reúne é o Éder, que é um jogador muito técnico, entre os 9 com diferentes características."
A próxima partida deve deixar ainda mais evidente as ideias de Ceni para o São Paulo. A equipe fará seu primeiro clássico na temporada, enfrentando o Santos, no domingo (20), às 18h30 (de Brasília), na Vila Belmiro.
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