Flu vai para Libertadores no topo do Carioca, mas sem inspirar confiança
Seis vitórias consecutivas, 85% de aproveitamento, liderança e melhor defesa do Campeonato Carioca. Assim, o Fluminense partirá para a viagem à Colômbia, onde enfrentará o Millonarios pelo jogo de ida da segunda fase da Copa Libertadores. O cenário, que poderia parecer o mais otimista possível, ainda não inspira confiança nos torcedores.
Após o apito final na partida contra o Nova Iguaçu — o quinto triunfo por 1 a 0 no Estadual —, os tricolores reclamaram do desempenho da equipe. O experiente atacante Willian Bigode compreendeu a reação:
"Hoje, por ter tido uma expulsão cedo, fica mais difícil para jogar. Entendo a impaciência do torcedor, que quer ver três ou quatro gols, mas valeu a perseverança. Infelizmente, não conseguimos fazer mais gols, mas o objetivo era a vitória."
Ainda que ocupe o primeiro lugar e tenha vencido clássicos contra Flamengo e Botafogo, o Tricolor tem sido pouco produtivo no ataque — entre os quatro grandes, foi o que menos balançou as redes no Carioca, com sete gols.
Embora a equipe crie boas oportunidades, a falta de pontaria para matar os jogos tem incomodado a torcida e até Abel Braga. O técnico avaliou que o time precisa ter mais tranquilidade na hora de finalizar, sobretudo tendo em vista o duelo pela Libertadores.
"Estamos ganhando de 1 a 0. É muito complicado, sofremos por 90 minutos. Temos que melhorar nesse aspecto. No jogo passado foi parecido, tivemos chances de gol, livres com o goleiro, e hoje novamente", afirmou.
As chances às quais o treinador se refere, além do belo gol marcado por André, de fato se repetiram no estádio Luso-Brasileiro, ante o Nova Iguaçu. Luiz Henrique, duas vezes, no início do primeiro e do segundo tempo, perdeu chances claras para ir às redes. E Willian, já nos minutos finais, recebeu um cruzamento sozinho na grande área, mas tentou o voleio e isolou.
"Essas chances são duas vezes num jogo. Temos que ter tranquilidade para matar o jogo. Nesse aspecto temos que melhorar, porque vamos para um confronto de mata-mata", concluiu Abel.
Defesa também preocupa
Ponto positivo da equipe tricolor no começo de 2022, com apenas dois gols sofridos em sete partidas pelo Carioca, o sistema defensivo pode ter desfalques importantes para o duelo contra o Millonarios. Diante do Nova Iguaçu, o time foi escalado por Abel sem o zagueiro David Braz, de forma a preservá-lo para os próximos confrontos.
Além disso, o titular Nino sofreu com uma pubalgia a minutos do início do jogo, e David Duarte foi a campo em seu lugar. Porém, a atuação de Duarte não durou mais de 11 minutos, e o defensor sentiu a parte posterior da coxa, dando lugar a Manoel. Dali em diante, a equipe ficou sem zagueiros no banco de reservas.
Na entrevista coletiva, perguntado sobre as possíveis perdas — todas relacionadas à zaga —, Abel Braga elogiou a atuação de Luccas Claro e Manoel, que atuaram durante quase toda a partida, e disse que David Braz tem mais chances de retornar a tempo de atuar na Colômbia. A situação mais crítica é a de Nino, segundo o treinador.
"A preocupação maior é o Nino, porque o caso dele é púbis. Ele já havia sentido contra o Botafogo. Hoje ele estava muito bem no aquecimento, e de repente aconteceu. O púbis é assim, complicado. Acho que o Felipe [Melo] não será problema, e vamos ver o [David] Braz. Mas tanto Manoel como o [Luccas] Claro foram muitíssimo bem. Acho que o Nino é mais duvidoso, mas os outros, não", disse o técnico.
Antes da partida pela Libertadores, o Flu recebe o Volta Redonda, pela oitava rodada do estadual, no sábado (19).
Na terça-feira (22), o primeiro grande desafio da equipe na temporada: o Tricolor encara o Millonarios, em Bogotá, pela ida da segunda fase da Liberta. O duelo ocorre às 21h30 (horário de Brasília), no El Campín. A volta será no dia 1º (terça), em São Januário.
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