CR7 quer barrar divulgação de depoimento em acusação de estupro, diz jornal
Astro do Manchester United, Cristiano Ronaldo quer impedir a divulgação dos depoimentos de testemunhas no caso em que foi acusado de estuprar uma modelo norte-americana em 2009. Segundo o tabloide britânico The Sun, a defesa do camisa 7 aponta risco "significativo de assédio" para as testemunhas, caso o teor dos depoimentos for divulgado. Também argumenta que os arquivos não devem ser publicados para a segurança de Cristiano Ronaldo, de sua acusadora, Kathryn Mayorga, de testemunhas-chave e qualquer pessoa que ofereça informações, que podem sofrer "danos à reputação potencialmente graves".
As petições apresentadas em 8 de fevereiro afirmam: "As pessoas nomeadas no arquivo, bem como aqueles que forneceram as informações nele contidas, têm um forte interesse em 'não serem associados injustificadamente a suposta atividade criminosa'.
Os arquivos da investigação incluem entrevistas gravadas, depoimentos de testemunhas, e-mails, imagens e relatórios médicos.
O jornal New York Times tentou ter acesso por meios legais aos arquivos do Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas, mas enfrentou forte oposição. A equipe jurídica do craque português argumentou inicialmente grande parte das informações nos arquivos foi obtida ilegalmente pelo site Football Leaks, que vazou informações referentes a evasão fiscal, suspeitas de fraude e corrupção envolvendo vários clubes europeus, dirigentes e craques, incluindo CR7.
A defesa ainda argumentou que Cristiano Ronaldo é "um atleta famoso" que atrai "atenção substancial da mídia". "A divulgação de qualquer parte do arquivo certamente infringiria esses interesses de privacidade e resultaria em constrangimento imerecido e danos à reputação potencialmente graves".
Segundo o The Sun, uma das testemunhas pode ser a socialite Paris Hilton. O jogador esteve com ela em um clube em Los Angeles, poucas horas antes de ir para Las Vegas, onde teria acontecido o crime.
Outra testemunha, ainda de acordo com o jornal, seria Dolores Aveiro, mãe do jogador. Ela estava hospedada com o filho no mesmo hotel em Los Angeles.
Na última terça-feira, a juíza Jennifer Dorsey ouviu argumentos legais de ambos os lados em uma audiência. A decisão sobre o caso deve ser divulgada em uma audiência que ainda não tem data marcada.
Relembre o caso
Em 2017, Katheryn Mayorga disse, em entrevista à revista alemão Der Spiegel, ter sido atacada por CR7 em 2009, quando ele estava na primeira passagem pelo Manchester United, e passava férias em um resort em Las Vegas (EUA). De acordo com a acusação, o atacante estuprou a norte-americana depois que ela se recusou a praticar sexo oral nele e a penetrou enquanto ela gritava "não, não, não".
CR7 alega que a relação foi consensual, mas admitiu que pagou US$ 375 (R$ 1,9 milhão, na cotação atual) para que a modelo não divulgasse o caso e nem fizesse uma acusação formal.
O caso ficou adormecido por quase uma década e só ganhou relevância global em 2018, depois que a defesa da norte-americana entrou com ação alegando que ela não tinha condições psicológicas de assinar um acordo do tipo.
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