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Boris Johnson pede que Rússia não receba a final da Liga dos Campeões

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, argumentou que a Rússia não tem condições de sediar a final da Champions - Tolga Akmen/AFP
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, argumentou que a Rússia não tem condições de sediar a final da Champions Imagem: Tolga Akmen/AFP

Do UOL, em São Paulo

22/02/2022 20h11

Em meio às tensões envolvendo Rússia e Ucrânia, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou nesta terça-feira (22) que a final da Liga dos Campeões não deveria acontecer em São Petersburgo. A final do torneio está marcada para o dia 28 de maio, na Gazprom Arena.

"Uma Rússia mais isolada, uma Rússia que tem status de pária. [Não há] chance de realizar torneios de futebol em uma Rússia que invade países soberanos", discursou Johnson à Câmara dos Comuns.

Pelo Twitter, a secretária de Cultura Nadine Dorries também disse que a Rússia não deveria ter permissão para sediar grandes eventos esportivos após o presidente russo, Vladimir Putin, ordenar o envio de tropas para as regiões rebeldes de Donetsk e Luhansk e reconhecê-las como estados independentes.

"Tenho sérias preocupações sobre os eventos esportivos que serão realizados na Rússia, como a final da Liga dos Campeões, e discutirei com os órgãos reguladores relevantes. Não permitiremos que o presidente Putin explore eventos no cenário mundial para legitimar sua invasão ilegal da Ucrânia."

Não seria a primeira vez que a Uefa mudaria o local da final da Liga dos Campões a curto prazo. As duas últimas edições da final foram transferidas para Portugal devido a complicações provocadas pela pandemia da covid-19.

A Uefa disse que está "monitorando constante e de perto a situação". "Atualmente, não há planos para mudar o local. A Uefa está em estreito contato com as federações nacionais e clubes em causa. No momento, todas as partidas estão planejadas para acontecer conforme o programado", informou a entidade em nota.

De acordo com o jornal inglês The Mirror, o estádio de Wembley, na Inglaterra, surge como possibilidade para abrigar a decisão deste ano, mesmo que a partida seja disputada por dois clubes ingleses.

A situação na Ucrânia piorou nesta segunda-feira (21) quando Putin reconheceu Donetsk e Luhansk, duas regiões controladas por rebeldes a leste do país, como estados independentes.