Corinthians: último técnico estrangeiro viveu brigas e caiu após goleada
Perto de anunciar o português Vítor Pereira como treinador para substituir Sylvinho, o Corinthians não é comandado por um estrangeiro há quase 17 anos.
Em março de 2005, o argentino Daniel Passarella foi contratado para substituir Tite, que entrou em rota de colisão com a MSI de Kia Joorabchian e deixou o clube em fevereiro daquele ano.
Na época, o ex-zagueiro chegou pressionado para conquistar os principais títulos da temporada devido ao pesado investimento do empresário iraniano na equipe, que tinha Tévez, Sebá, Fábio Costa, Carlos Alberto e companhia no elenco.
A estreia de Passarella no Corinthians foi amarga: o time, que dava sinais de desunião e de problemas extracampo, tomou 3 a 0 do Cianorte e ficou sob perigo de eliminação da Copa do Brasil.
Apesar do susto, o técnico conseguiu emendar uma sequência de dez jogos de invencibilidade na sequência — incluindo a goleada por 5 a 1 no time paranaense, no jogo de volta da fase inicial do torneio nacional.
Os bons resultados, aliás, levaram o Corinthians ao vice-campeonato do Campeonato Paulista de 2005. Naquela época, o Estadual tinha sistema de pontos corridos.
O fim da trajetória de Passarella no clube veio no Brasileirão. Na estreia, um empate por 2 a 2 com o Juventude dentro do Pacaembu, antiga casa corintiana, iniciou os rumores.
A segunda rodada da competição sacramentou a crise: derrota de 2 a 0 para o Botafogo e afastamento do goleiro Fábio Costa por atos de indisciplina.
O jogo seguinte, válido pela Copa do Brasil, quase "derrubou" o argentino. Isso porque a equipe paulista foi eliminada para o Figueirense nos pênaltis — o confronto ficou marcado pelo fato de o ex-meia Roger, hoje comentarista do Grupo Globo, isolar a sua cobrança.
A multa rescisória de Passarella, que na época girava em torno de 3,5 milhões de dólares, foi um dos motivos que garantiu o técnico no cargo por mais alguns dias.
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Mas não há dinheiro que resista à uma derrota em um clássico: em maio, no Pacaembu, o Corinthians levou 5 a 1 do São Paulo pelo Brasileirão e se afundou de vez na crise.
Diante da goleada, o então vice-presidente do clube, Nesi Curi, se antecipou a Kia e anunciou a demissão de Passarella, escancarando o clima ruim nos bastidores. A passagem fugaz do argentino pelo Parque São Jorge, de aproximadamente dois meses, teve apenas 15 jogos (foram 7 vitórias, 4 empates e 4 derrotas).
Márcio Bittencourt, que trabalhava como auxiliar do time, assumiu interinamente o cargo e, depois de ótimos resultados, entregou a equipe para Antônio Lopes já na metade final do ano. Apesar dos percalços, o Corinthians sagrou-se campeão brasileiro naquela temporada.
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