Há vagas: por que a seleção brasileira quer contratar observador na Europa?
Classificação e Jogos
Tem vaga de emprego aberta na seleção brasileira. A nove meses da Copa do Mundo do Qatar, a busca é por um observador técnico na Europa. A diretoria de seleções espera fechar um acordo em breve com um profissional que consiga traduzir para a comissão técnica de Tite as atuações e o momento de jogadores selecionáveis no continente, além de acompanhar presencialmente as partidas de outras seleções que são possíveis rivais no fim do ano.
A proposta principal é aproximar um pouco mais o estafe da seleção da turma que está do outro lado do Atlântico e não de ter alguém lado a lado com Tite nos períodos de jogos, como se fosse um quarto auxiliar. O cargo se torna mais crucial não só pelo número de jogadores que atuam fora, mas pelas dificuldades de viagem inerentes à pandemia.
Nos últimos dois anos foi possível fazer uma única excursão à Europa. Dois auxiliares (Cleber Xavier e Matheus Bachi), um analista de desempenho (Thomaz Araújo) e um preparador físico (Fábio Mahseredjian) passaram em menos de duas semanas por Espanha, França, Inglaterra e Itália, onde assistiram jogos dos times europeus e tiveram contato próximo com atletas convocáveis e treinadores de outras escolas em dezembro do ano passado.
A comissão técnica tem o plano de fazer uma nova viagem à Europa no meio do ano para seguir esse acompanhamento, mas a impressão geral é de que o tempo é muito curto e a experiência não é completa.
A ideia de ter um observador sediado na Europa não é tão recente. Foi nesse contexto, por exemplo, que a CBF —então presidida por Rogério Caboclo— chegou a conversar com Xavi para ser um dos auxiliares de Tite. O catalão estava treinando o Al Sadd, mas já mirava o cargo de técnico no Barcelona, seu trabalho atual.
O cargo é de confiança. Tite ainda precisa resolver junto ao coordenador Juninho Paulista quem será o escolhido. A presidência deu aval para a contratação, mas ainda não recebeu o retorno de quem foi o escolhido, num acordo que já foi dado como "encaminhado" há menos de um mês. Juninho tem conversas abertas com profissionais brasileiros.
No ciclo de 2018, Tite tinha Sylvinho como auxiliar. O ex-lateral morava e fazia curso de treinador na Europa, além de ter boa entrada nos clubes por ter passado por Barcelona e Arsenal, por exemplo. Ele está desempregado depois de deixar o Corinthians no começo do mês.
A seleção brasileira enfrentou somente um adversário europeu no ciclo para a Copa do Mundo do Qatar —a República Tcheca, num amistoso vencido por 3 a 1 em março de 2019. Há a perspectiva de um jogo contra a Inglaterra em junho, ainda não confirmado, e a ideia de pelo menos mais um adversário do continente na janela de jogos de setembro.
Por isso, a ideia de ter um observador na Europa é também de deixar a seleção mais próxima, na cola dos possíveis adversários no Mundial, com relatórios e informações detalhadas sobre o que acontece na Liga das Nações, na fase final das Eliminatórias e nos possíveis amistosos entre eles, para além dos softwares e ferramentas de análise de desempenho.
O sorteio da Copa do Mundo será no dia 1º de abril e o Brasil já está classificado para a disputa. Os próximos jogos pelas Eliminatórias serão em 24 e 29 de março, contra Chile e Bolívia. Tite fará sua próxima convocação na primeira quinzena do próximo mês.
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