O Corinthians anunciou a chegada do técnico português Vitor Pereira e se juntou a Flamengo e Palmeiras, outros que também são comandados por treinadores que vieram de Portugal, algo que se tornou frequente no futebol brasileiro nos últimos anos, com casos de sucesso como Jorge Jesus e o próprio Abel, mas de fracasso com Jesualdo Pereira no Santos, Ricardo Sá Pinto no Vasco e Paulo Bento no Cruzeiro.
No UOL News Esporte, José Trajano, colunista do UOL, afirma que está espantado com a quantidade de treinadores portugueses ganhando espaço no futebol brasileiro, reconhecendo que fazem parte de uma escola importante na formação, ao mesmo tempo em que os profissionais formados no Brasil perdem espaço.
"Técnico português é igual chuchu na cerca, eu nunca vi tanto técnico português na minha vida, porque é claro que há uma escola de futebol em Portugal séria, que eles andam pela Europa, moram na Europa, arranjam emprego, todos eles sabem falar inglês, falam outros idiomas, o que ajuda muito, têm uma boa formação e arranjam empregos não só em Portugal como também em países Europa afora", diz Trajano.
"Me espanta um pouco, nada contra eles e a chegada deles, essa proliferação de técnicos portugueses no futebol brasileiro, é um atrás de outro, saem não sei de onde. Estava lá na Turquia, desempregado, o outro estava no 'mundo árabe', mandaram embora, o outro treinou o time infanto-juvenil do Porto. Eu não estou falando nem dos grandes, os mais conhecidos, que seriam o Mourinho e o Jorge Jesus, o Jorge Jesus grande em relação ao futebol brasileiro, na Europa não é tão grande assim", completa.
O jornalista cita a influência do sucesso nos casos de Jorge Jesus e Abel Ferreira, ressalta o currículo de Vitor Pereira, novo contratado pelo Corinthians, mas lembra que a realidade já foi diferente, já que treinadores brasileiros tiveram sucesso comandando justamente a seleção portuguesa.
"Eu acho uma boa porque eu acho que é a morte dos técnicos brasileiros definitivamente. Na hora em que todos os times grandes brasileiros contratam técnicos estrangeiros, principalmente portugueses e viram as costas para os técnicos brasileiros, com raras exceções, é a morte do técnico brasileiro e o advento do técnico principalmente português. Depois do sucesso do Jorge Jesus e do Abel, há uma procura desenfreada por técnico português", diz Trajano.
"O Vitor Pereira já treinou o Porto, foi campeão no Porto, já treinou em quatro ou cinco países, tem uma trajetória. Você vê, o Botafogo perdeu um técnico português agora, será que vem um outro? Uma coincidência, a maior participação portuguesa na história das Copas não foi sob direção de um técnico português e sim de técnicos brasileiros, o Otto Glória e o Felipão", conclui.
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