Corinthians: como fica Fernando Lázaro após a contratação de Vítor Pereira
Ainda na função de técnico interino do Corinthians pelo menos até o próximo fim de semana, Fernando Lázaro ganhou prestígio no clube nas últimas semanas ao comandar a equipe em um momento de instabilidade. De quebra, somou dez dos 12 pontos que disputou no Campeonato Paulista, sai da experiência fortalecido internamente e está mantido na comissão técnica permanente que trabalhará com o português Vítor Pereira.
A diretoria corintiana ainda estuda as mudanças que serão realizadas no organograma do CT Joaquim Grava com a chegada do novo treinador junto de seus auxiliares. Demissões não estão descartadas, embora haja a possibilidade de que alguns profissionais que não terão mais espaço na comissão técnica sejam remanejados para as categorias de base, o que não se aplica a Fernando Lázaro, que tem longa relação com o clube —afinal, estamos falando do filho do ex-lateral Zé Maria, um dos grandes ídolos alvinegros.
Responsável pela coordenação do Cifut (Centro de Inteligência do Futebol), o interino já era uma peça importante nos bastidores do Corinthians. Agora, com seu desempenho na ausência de um treinador efetivo, ganhou pontos com a diretoria e, sobretudo, com os torcedores. Angariou fama e prestígio com os resultados que conquistou enquanto 'quebrava o galho' no comando da equipe.
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Nas próximas semanas, além de conduzir Vítor Pereira sobre o funcionamento do centro de treinamento, Lázaro será o responsável pela ponte entre a diretoria e os portugueses que assumirão o comando técnico do futebol. A tendência é que o interino permaneça na coordenação do Cifut, mas isso dependerá de conversas internas, já que muito provavelmente o novo técnico traga um analista de sua confiança.
Outro ponto que pesa a favor de Lázaro no clube é a relação de confiança com o elenco, sobretudo as figuras de liderança. São os casos, por exemplo, do goleiro Cássio e do meio-campista Renato Augusto, com quem o coordenador trabalha há anos no Corinthians, inclusive em alguns momentos na seleção brasileira.
Além do mais, em caso de uma saída não planejada de Vítor Pereira, a diretoria entende que Lázaro é o nome certo para 'segurar as rédeas' enquanto uma nova negociação está em andamento, assim como aconteceu nos 19 dias entre a demissão de Sylvinho e o acerto com o técnico português.
Perfil estudioso
Lázaro chegou ao Parque São Jorge no início de sua vida adulta para trabalhar na área de informática. Exerceu a função por quase duas décadas até se mudar para o Centro de Treinamento Joaquim Grava para trabalhar como auxiliar da comissão técnica.
No elenco profissional, ele esteve ao lado de gente como Mano Menezes, Tite, Fábio Carille, Sylvinho, Cristóvão Borges e alguns outros nomes que passaram pelo clube. Ele era responsável por mapear os adversários, levantar dados de performance sobre o elenco e sobre a evolução de cada um dos atletas. As informações eram passadas ao técnico em exercício, que a partir daí montava os treinamentos da semana.
Por conta do trabalho e da relação próxima com os treinadores, Fernando Lázaro se especializou ainda mais na função e foi procurar formação acadêmica, tendo concluído os cursos oferecidos pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O interino do Corinthians possui a liceça B, que lhe permitem trabalhar em competições regionais e nacionais, e está tirando a A.
Convidado por Tite, trabalhou na comissão técnica da seleção brasileira nas disputas da Copa do Mundo de 2018 e da Copa América 2019. Depois, trabalhou com Sylvinho no Lyon, da França. Atualmente, Lázaro é uma espécie de coringa dentro do CT Joaquim Grava, já que coordena as operações do Cifut e também auxilia o treinador, sendo peça-chave na comissão técnica.
O perfil estudioso, a relação afetuosa com o Corinthians e a experiência acumulada nos últimos anos fizeram de Fernando Lázaro o homem de confiança da diretoria e, por isso, o escolhido para dirigir interinamente a equipe.
No ano passado, Lázaro dirigiu o Timão nos jogos contra o River Plate, do Paraguai, e Sport Huancayo, do Peru — ambos após a demissão de Vagner Mancini. Nas duas partidas em casa, ambas pela Copa Sul-Americana, o Corinthians goleou seus adversários, tendo marcado nove gols e passado ileso no sistema defensivo.
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