Manifestações contra guerra na Ucrânia marcam jogos de torneios na Europa
A Rússia iniciou a invasão na Ucrânia hoje (24) e atingiu alvos militares e civis. O mundo do futebol, de maneira geral, não concordou com o ato russo e se manifestou, de diversas maneiras, inclusive nos jogos da Liga Europa.
A principal manifestação aconteceu na vitória do Barcelona sobre o Napoli, por 4 a 2, quando as duas equipes pediram que a guerra se encerrasse.
Antes mesmo de o jogo começar, torcedores já haviam ido às redes sociais para deixar seu posicionamento sobre a guerra.
A Uefa, entidade que organiza o futebol europeu, cogita mudar o local da final da Liga dos Campeões, que está prevista para São Petersburgo, na Rússia. O Campeonato Ucraniano, por sua vez, foi suspenso hoje, após a imposição de uma lei marcial no país.
O Schalke 04, time alemão de futebol, removeu a marca da gigante estatal russa que patrocinava o time na camisa. O Reino Unido, por sua vez, sancionou os russos e, com isso, Roman Abramovich, dono do Chelsea, não pode mais viver em seu território.
No jogo entre Atalanta e Olympiacos, o meia-atacante ucraniano, Ruslan Malinovskyi, marcou dois gols e fez um apelo em sua comemoração, mostrando uma camiseta com os dizeres: "Ucrânia sem guerra" (em tradução livre).
Oleksandr Zinchenko, jogador ucraniano do Manchester City, foi mais agressivo e, nas suas redes sociais, escreveu: "Espero que você morra dolorosamente" para Putin.
Personalidades do mundo do futebol como o jogador ex-Flamengo Bill, o técnico Paulo Fonseca, e a atleta Lidiane Oliveira relataram o medo, a apreensão e a dificuldade em sair da Ucrânia. Neymar manifestou apoio aos atletas brasileiros e Douglas Costa, que jogou por muitos anos na Ucrânia, disse "a Ucrânia está no meu coração".
Após o apelo dos jogadores brasileiros, a embaixada em Kiev disse que vai evacuar a população nacional do país. O São Paulo, por sinal, enviou um ofício ao Itamaraty e se ofereceu para ajudar os brasileiros na Ucrânia.
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