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São Paulo melhora contra defesa fechada, mas ainda sofre para fazer gols

Rodrigo Nestor em ação com a camisa do São Paulo na partida contra o Campinense, válida pela Copa do Brasil - MARLON COSTA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Rodrigo Nestor em ação com a camisa do São Paulo na partida contra o Campinense, válida pela Copa do Brasil Imagem: MARLON COSTA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Brunno Carvalho

Do UOL, em São Paulo

25/02/2022 04h00

O São Paulo reencontrou no estádio Amigão, em Campina Grande (PB), um estilo de adversário que já está acostumado no Paulistão. O Campinense entrou na partida válida pela primeira fase da Copa do Brasil com a estratégia de ceder a bola para o rival e se fechar em busca de um contra-ataque que pudesse lhe garantir a vitória.

A situação tem sido um problema para o São Paulo na temporada. Pelo Estadual, o que se viu até agora foi o time de Rogério Ceni precisando abusar dos cruzamentos e sofrendo para balançar as redes adversárias. Contra Santo André e Ponte Preta, a vitória veio apenas nos últimos minutos. Já diante da Inter de Limeira, o 0 a 0 permaneceu até o final e a equipe foi vaiada no Morumbi.

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O São Paulo apresentou um futebol melhor diante do Campinense, principalmente no primeiro tempo, em comparação com o que vinha fazendo. Alguns fatos que ajudam a explicar a melhora são a função exercida por Rodrigo Nestor e o estilo de marcação da equipe paraibana.

Apesar de também jogar recuado como os rivais do São Paulo no Paulistão, o Campinense optou por fechar as laterais e obrigar o time paulista a jogar pelo meio, o oposto do que vinha acontecendo até aqui. Assim, o alto número de cruzamentos que haviam virado uma marca da equipe de Rogério Ceni foi reduzido para apenas 19, com oito deles chegando em um jogador são-paulino.

Pelo meio, a mudança de função de Rodrigo Nestor foi fundamental. A escalação de Pablo Maia permitiu que o camisa 25 jogasse mais avançado, quase como um camisa 10, como salientou Rogério Ceni na entrevista coletiva depois do jogo. Rápido na troca de passes, o jovem deixou seus companheiros quatro vezes na cara do gol, mas Alisson, Calleri (duas vezes) e Gabriel Sara pararam nas boas defesas de Mauro Iguatu.

"O Nestor gosta mais de chegar, é um jogador que cresceu nessa função. No último jogo contra o Santos ele entrou durante o jogo e também foi bem, também ajudou bastante nesse sentido. Hoje jogou muito mais como 10 do que um volante lado a lado, entrou muito entre linhas, porque eles marcavam com os pontos, com os laterais, deixando o meio, então tínhamos que colocar mais gente entre linhas e ele acionou os atacantes várias vezes, e até o próprio Sara, que jogou como um quarto homem na frente fechando. As melhores chances que tivemos foram saindo dos pés dele para um atacante do nosso time fazer a finalização", disse Rogério Ceni.

Apesar da melhora na atuação, o baixo número de gols contra equipes que jogam recuadas continua sendo um problema. O São Paulo marcou apenas três gols em jogos em que teve o total controle da posse de bola: na derrota para o Guarani (por 2 a 1) e nas vitórias sobre Santo André (1 a 0) e Ponte Preta (2 a 1).

Diante de Ituano, Inter de Limeira e agora contra o Campinense, o São Paulo saiu de campo sem balançar as redes.

O São Paulo volta a campo na próxima segunda-feira (28), contra o Água Santa, fora de casa, pela nona rodada do Paulistão. A partida será mais um teste para a equipe de Rogério Ceni para melhorar o aproveitamento em frente ao gol adversário.

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