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Após morte de irmão de Taison, imagens provam invasão; família será ouvida

Leandro Barcellos Freda, irmão de Taison, morto em Santa Catarina - Reprodução/Instagram
Leandro Barcellos Freda, irmão de Taison, morto em Santa Catarina Imagem: Reprodução/Instagram

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

26/02/2022 04h00

A morte de Leandro Barcellos Freda, 39, irmão do meia-atacante e capitão do Internacional, Taison, segue sob investigação da 7ª Delegacia de Polícia Civil de Florianópolis (SC). O prazo para conclusão é 30 dias. Enquanto aguarda todos os laudos, a delegada Carolina Surita, responsável pelo caso, segue com as oitivas sobre o ocorrido e pretende ouvir familiares do jogador.

Em contato com a reportagem do UOL Esporte, a diretora de polícia da grande Florianópolis, delegada Michele Alves Correa Rebelo, informou que as imagens do sistema de monitoramento de câmeras do condomínio onde ocorreu o óbito já foram analisadas. Foi confirmada a informação repassada anteriormente de que Leandro arrombou a porta e invadiu um apartamento.

"Conseguimos, sim, ver nas imagens que ele invadiu o condomínio", disse.

Ainda de acordo com a delegada, é possível perceber que Leandro estava "transtornado", algo que havia sido relatado pelos presentes na ocasião. "Pelas imagens, ele estava bastante alterado, ou fugindo de algo", contou.

A moradora do apartamento invadido, uma idosa, gritou ao perceber a ação do irmão do jogador do Inter. Vizinhos ouviram e foram até o local, imobilizando Leandro. A Polícia Militar foi acionada após chamado por roubo, mas, quando chegou, já verificou que o irmão do atleta estava sem sinais vitais.

Foram três homens que seguraram Leandro, todos eles se apresentaram voluntariamente na mesma noite do fato, foram ouvidos e liberados.

A polícia aguarda, agora, os resultados de exames e perícias solicitadas para apurar se Leandro tinha consumido álcool ou estava sob efeito de drogas. Além disso, pretende ouvir membros da família que possam esclarecer pontos ainda incertos do caso. Todos os processos e prazos são considerados padrão neste tipo de ocorrência.

"Queremos ouvir testemunhas, outros moradores do condomínio, familiares dele, até para entender o que ocorreu, se ele estava sob efeito de algum medicamento, álcool ou drogas. Queremos entender o que aconteceu naquele dia", disse Surita.

Taison, no entanto, não será, inicialmente, chamado para depor.

A investigação caminha para hipótese de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Os moradores do condomínio, ainda de acordo com relatos da polícia, sequer conheciam Leandro. No entanto, nenhuma hipótese é descartada neste momento.

"Trabalhamos com essa possibilidade, de homicídio culposo, ou quem sabe algo acidental, mas não descartamos nenhuma possibilidade, pois ainda queremos ouvir mais pessoas", contou a delegada.

Leandro Freda morreu no último domingo (20), no bairro de Canasvieiras, em Florianópolis (SC). O sepultamento ocorreu na terça-feira (22), em Pelotas (RS). O objetivo da polícia é concluir a investigação antes mesmo do prazo legal.

"Estamos muito empenhados em conseguir concluir em prazo menor. A Polícia Civil do Estado de Santa Catarina está dando toda atenção ao caso", finalizou Michele.

Simpático, colorado e esperando casa de presente

A reportagem do UOL Esporte contou a história recente de Leandro a partir de relatos de pessoas que conviveram com ele em Santa Catarina. O irmão de Taison morou em duas praias antes do ocorrido em Canasvieiras e sempre se mostrou simpático e afável, jamais apresentou qualquer sinal de comportamento violento.

Fanático pelo Inter, ele exibia a todo o momento as camisas que ganhava do irmão e contava a todos que fazia parte da família do capitão do Inter. Além de relatar que esperava um presente de Taison: uma casa.

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