Como Jardel superou morte da mãe para ir à final do Big Brother Portugal

Depois de conquistar Portugal em quatro oportunidades com as camisas do Porto e do Sporting, Mario Jardel está perto de conquistar novamente um título em solo lusitano. Agora, no Big Brother.

Confinado desde janeiro, o ex-atacante, que vestiu as camisas do Vasco, Grêmio e da seleção brasileira, é um dos cinco finalistas do programa, que termina neste sábado.

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A versão portuguesa, mais curta, pagará também um prêmio bem mais modesto do que a edição brasileira: 25 mil euros (R$ 144,3 mil). Jardel, inclusive, já prometeu dividir o valor caso seja o escolhido do público.

"Já estou com a minha alma lavada, para enfrentar o mundo lá fora. Estou leve, estou feliz, grato. Se ganhar o prêmio, vou dividir pelos cinco (finalistas)", afirmou o ex-jogador.

"Não venham dizer aqui que nenhum dos cinco quer ser campeão? Eu quero. Acho muito difícil, mas tenho uma esperança de que possa acontecer", falou.

Carinho da torcida

E a esperança se justifica, visto que Jardel sobreviveu a quatro "paredões" - ficando com apenas 10% dos votos no último deles, que valeu vaga na final - e já recebeu mensagem de apoio de torcedores do Porto por meio de um avião que sobrevoou a casa logo nos primeiros dias do confinamento.

Se já tinha lugar garantido no coração de torcedores, Jardel também se destacou pela história de vida, marcada por tragédias familiares, o vício durante a carreira de jogador, e até mesmo durante o programa.

Dramas antes e durante o programa

As batalhas de Jardel foram tema de um seguimento especial no último final de semana, quando o ex-jogador relembrou da perda do pai, Cesar Ribeiro, em 1997.

"A loja do meu pai pegou fogo e ele quebrou totalmente. Ele perdeu tudo e começou a beber mais, entrou em depressão. Levamos ele para o hospital, colocamos uma válvula. Ele não podia fumar, nem beber mais. Voltou a beber e aconteceu o que a gente não queria. Com 42 anos... eu perdi meu pai. A minha mãe ficou sem chão", contou.

No último dia 13, Jardel recebeu a notícia de que sua mãe, Maria de Fátima Almeida Ribeiro, havia falecido aos 67 anos. O jogador foi chamado ao confessionário para receber a notícia diretamente dos familiares e decidiu não deixar o programa.

"Deus quis e pronto. Nós somos um sopro aqui, gente. Ela foi e me viu bem", disse ele.

A luta contra as drogas

Jardel revelou que só deixou de beber cerca de dois meses de entrar no programa, sendo esse um dos temas mais comentados sobre o jogador, que há muito tempo luta contra o vício nas drogas e no álcool.

"Em 1999 tive a curiosidade de provar cocaína. Quando estava jogando, eu não usava. Me segurei até 2001", disse.

"Quando eu entrei no Sporting, não queria treinar. Não ia para o treino. Eu ia drogado, às vezes", contou, lembrando ainda de uma overdose que sofreu pouco depois.

"Eu tive uma overdose em 2002. Fiquei sete dias acordado. Via monstros, via tudo. Ao mesmo tempo, eu via Jesus. Então, isso não é vida para ninguém", disse, destacando que não usa drogas há pouco mais de um ano.

"Esse caminho torto já passou. É uma página virada na minha vida. Eu tenho de ser exemplo fora daqui. É o que eu pretendo e quero muito", afirmou.