Santos tem jovens promessas, mas necessita de reforços, avalia interino
O técnico interino Marcelo Fernandes comandou o Santos no empate por 2 a 2 contra o Novorizontino na Vila Belmiro, hoje (27). Após o tropeço para o lanterna na nona rodada do Paulistão, o interino deixa o cargo para a chegada do argentino Fabián Bustos.
No entanto, Marcelo afirmou que ainda não conversou com o novo treinador do Peixe e disse que ele encontrará um grupo jovem e muito dedicado, mas que ainda não está totalmente pronto. Por isso, também deixou claro a necessidade do Alvinegro se reforçar com nomes mais experientes.
"Não falei com o Bustos, ele chega amanhã e aí teremos contato com ele. Me dedico muito ao clube e tudo que faço aqui. Não estou preocupado se é a melhor ou a pior fase, logicamente o grupo está sentido muito pelo que já vinha desde o ano passado. As pessoas precisam saber que jogadores estão prejudicados por covid e contusão na pré-temporada e não iriam aguentar o jogo. Estou aqui para ajudar e assumir as responsabilidades", declarou.
"Ele vai encontrar um grupo jovem, que quer e trabalha muito. A camisa do Santos é pesada e fica difícil jogar numa fase dessas. Eles estão se dedicando muito", complementou.
Dos quatro jogos feitos em casa na temporada, o Peixe venceu apenas um, no triunfo por 2 a 1 sobre o Ituano. Contudo, o interino não acredita que o 'fator casa' esteja pesando negativamente e sim que o elenco ainda é muito novo e necessita de reforços.
"Não é questão de ser na Vila. A equipe é cheia de garotos, que tentam e trabalham muito, mas tem a oscilação e a ansiedade de cada um. Muitos ainda não estão prontos para aguentar o tranco que é vestir a camisa do Santos. Quantas vezes vimos vários jogadores darem certo? Mas eles tinham outros mais velhos que seguravam mais a onda em campo. É uma cadeia que vem vindo desde o ano passado, com transfer ban... É preciso ter calma, está chegando um novo treinador. A molecada é boa e, com certeza, precisa de jogadores que deem uma sustentação. Só tenho a agradecer o grupo que está aí. Ninguém faz corpo mole. É trabalhar muito para vencer jogos e agradar nossa torcida na Vila", reforçou.
Confira os outros trechos da coletiva
Entrada do Lucas Barbosa
"A entrada dele foi tática, ele tem um bom arremate de fora da área e eu precisava ganhar o jogo. O Ângelo se desdobrou muito e tem jogado bem, com funções a cumprir. Não tiramos ninguém por que queremos, é uma programação. Tudo isso é trabalho e condicionamento, o Sandry também foi até onde dava para ficar. No caso do Ricardo Goulart, esperamos um pouco (para tirar), mas ele está cada vez mais entrando em forma e vai nos ajudar muito. Não adianta agir na emoção. Temos que fazer o que é melhor"
As posições mais carentes
Não tenho que falar quais são as posições que precisam de reforços. É um trabalho para a diretoria com o Edu Dracena. Com calma, vão conhecer o grupo e ver as carências para trazer jogadores experientes que ajudem a tirar o melhor da molecada.
Jogadores da Copinha
Todos os meninos são bons e tem muito a dar para o clube. O Lucas Pires não tem nem um ano de clube. Com o problema do Felipe Jonatan no púbis, ele entrou no time. Não podemos falar uma vírgula desses meninos, estão dando conta do recado totalmente. O Marcos Leonardo é excelente, dá de tudo para o clube. A gente procura dar um gás novo para surpreender o adversário, por isso o Rwan. Não tirei por estar mal, muito pelo contrário. Assim vamos indo, a torcida precisa saber que tem um trabalho físico e fisiológico.
Problemas no meio-campo
Não digo que o meio é um problema. O Santos tem um jeito de jogar e procuramos trabalhar em cima disso. No ano passado, com o Fábio (Carille) mudamos para alcançar o que queríamos, foi uma questão de ajuste. Temos que voltar a nossas origens. Tudo isso leva tempo. O Sandry voltou agora, o Balieiro jogou na lateral... O meio vem sofrendo muito na transição. Procuramos deixar dois jogadores na entrada da área para ter um passe bom e municiar o Ricardo Goulart, que foi um pouco melhor hoje.
Diagnóstico geral do time
É bem nítido. Não tenho nada a falar da molecada, mas eles precisam ter pilares juntos para que a gente possa dar a estrutura. A oscilação é normal, vestir uma camisa dessas é uma responsabilidade grande. Não estou preocupado com as críticas. Não me empolgo nas vitórias e não abaixo a cabeça agora. Ninguém faz loucuras. O Ângelo vai dar muitas alegrias ao clube, não tenho duvidas. Mas existem metas e ele cumpriu muito bem até a hora que saiu. Não adianta o individual, o que ganha o coletivo, tanto que cumprimentos todos que saíram. Entendo a torcida, mas a gente não pode agir com a emoção e sim com a razão. Cabe a nos trabalhar muito para ter um trabalho maior e colocar o Santos no lugar onde ele merece.
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