Guerra na Ucrânia: 22 dos 30 jogadores brasileiros da 1ª divisão já saíram
Após a invasão da Rússia à Ucrânia, os jogadores brasileiros pediram apoio para saírem do país. O número de atletas que voltou ao Brasil ainda é pequeno, com três representantes (Busanello, Felipe Pires e Bill, do Dnipro), mas 22 dos 30 jogadores que atuam na primeira divisão já conseguiram deixar a Ucrânia e agora buscam a logística de voos para retornarem.
O maior grupo de jogadores era constituído pelos atletas do Shakhtar Donetski e do Dínamo de Kiev e suas famílias, que compartilhavam o mesmo hotel na região central de Kiev até a manhã de sábado, quando saíram em comboio até a estação de trem mais próxima. Eles se dividiram entre a Moldávia e a Romênia, incluindo o atacante Júnior Moraes, que é naturalizado ucraniano.
Uma trajetória longa também foi a do atacante do Vorskla Poltava, Lucas Rangel, que praticamente cruzou todo o país de carro e atravessou a fronteira para a Polônia a pé. A viagem durou cerca de quatro dias. Em Lviv, cidade mais próxima da fronteira, outros brasileiros tiveram de mudar de estratégia, indo para a Hungria, como Talles e Edson, do Rukh Lviv.
Porém, oito jogadores brasileiros ainda estão na Ucrânia: Juninho, Guilherme Smith e Cristian, do Zorya Luhansk, e Marylson, Fabinho e Derek, do FK Metalist 1925 Kharviv, estão em Lviv. Todos estão esperando direcionamentos para que consigam passar por alguma das fronteiras, travadas com muilhares de pessoas também tentando cruzar para lugares.
Mais cedo, a embaixada brasileira havia informado, por meio dos seus canais oficiais, que haveria um voluntário para ajudá-los a pegar o trem. Esse mesmo voluntário, porém, foi convocado a fazer parte das forças ucranianas na defesa do país, o que deixou os jogadores sem auxílio. Eles estão em um hotel com as famílias.
Ainda na primeira divisão, dois jogadores não vêm atualizando as suas redes sociais. Welves, do PFK Lviv, e William, do Inhulets Petrove, não se manifestaram. William, porém, havia pedido ajuda para sair do país há cerca de quatro dias.
Para além da primeira divisão, jogadores brasileiros que atuam na segunda divisão ucraniana e atletas de futsal seguem em zonas de conflito. Matheus Peixoto, Paulinho Bóia e Maílton, do FC Metalist Kharkiv, da segunda divisão, estão na Turquia —eles não voltaram ao país após a pré-temporada. Alan Patrick, do Shakhtar, já estava no Brasil quando a invasão começou.
O UOL separou a lista de jogadores da primeira divisão:
SHAKHTAR DONETSK
Marlon Santos (zagueiro), Vitão (zagueiro), Dodô (lateral), Vinicius Tobias (lateral), Ismailly (lateral), Marcos Antônio (meio-campista), Maycon (meio-campista), David Neres (atacante), Tetê (atacante), Pedrinho (atacante), Fernando (atacante) e Júnior Moraes (atacante e naturalizado ucraniano): deixaram a Ucrânia no sábado e devem voltar ao Brasil entre hoje e amanhã. Alguns saem da Moldávia e outros, da Romênia.
DÍNAMO DE KIEV
Vitinho (atacante): deixou a Ucrânia no sábado e deve voltar ao Brasil entre hoje e amanhã. Está na Romênia e embarcará para a França antes de vir ao Brasil.
VORSKLA POLTAVA
Lucas Rangel (atacante): chegou à Polônia ontem.
KOLOS KOVALIVKA
Diego Carioca (atacante) e Renan Oliveira (atacante): estão na Romênia e vão para Bucareste tentar pegar o voo para o Brasil.
RUKH LVIV
Talles (meio-campista) e Edson (meio-campista): estão na Hungria.
DNIPRO
Gabriel Busanello (lateral), Felipe Pires (atacante) e Bill (atacante): já chegaram ao Brasil.
ZORYA LUHANSK
Juninho (lateral), Guilherme Smith (atacante) e Cristian (atacante): estão em Lviv e pretendem ir para a fronteira hoje (28).
FK Metalist 1925 Kharkiv
Marlyson (atacante), Fabinho (meio-campista) e Derek (atacante): estão em Lviv e pretendem ir para a fronteira hoje (28).
CHORNOMORETS
Wanderson Maranhão (meio-campista): está na Romênia.
PFK LVIV
Welves (atacante): não há detalhes em suas redes sociais.
INHULETS PETROVE
William (zagueiro): não há detalhes em suas redes sociais.
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