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Roger vê atuação instável e pede apoio para recuperar moral do Grêmio

Roger Machado, técnico do Grêmio, observa partida contra o Mirassol - Lucas Uebel/Gremio FBPA
Roger Machado, técnico do Grêmio, observa partida contra o Mirassol Imagem: Lucas Uebel/Gremio FBPA

Do UOL, em Porto Alegre

02/03/2022 00h32

Para Roger Machado, a eliminação do Grêmio na Copa do Brasil, com derrota por 3 a 2 para o Mirassol, aconteceu por conta de uma atuação instável. Alternando momentos bons e ruins, o time gaúcho acabou derrotado e caiu da competição na primeira fase.

"Sucumbimos aos primeiros momentos de pressão, que sabíamos que o time deles faria. Não conseguimos controlar a bola nos primeiros cinco minutos. Sofremos o gol. Depois voltamos para o jogo, criamos oportunidade, volume. Empatamos num escanteio e viramos na bola parada. Passamos a controlar melhor o jogo, mas pecamos em momentos que tínhamos a bola e entregamos muito rápido. Depois de sofrermos o empate e a virada, tentamos colocar volume com alterações. A bola bateu na trave, parou no goleiro, e não entrou", avaliou o técnico.

"Temos que seguir modelando, dando estrutura ao time. O adversário é muito bem treinado, com jogadores acostumados a enfrentar times grandes, que em nenhum momento se intimidaram com o peso da camisa e a história do Grêmio. Faltou a tranquilidade que se tem que ter nestes momentos. Saber jogar o que o jogo apresenta. Dentro do jogo, tivemos bons e maus momentos, e estes maus momentos permitiram os três gols que sofremos", completou.

Ainda na avaliação de Roger Machado, é necessário recuperar o aspecto emocional do grupo, abalado pelos infortúnios do ano anterior. E, para isso, a torcida precisa dar apoio.

"Procuramos trabalhar emocionalmente o atleta, porque ele sabe o que irá enfrentar. A camisa do Grêmio é muito pesada e a cobrança é inevitável. Não podemos nos habituar a perder. São jogadores vitoriosos, com suas trajetórias. Temos que nos habituar a vencer. Temos que sentir, lamentar, mas temos a obrigação de recolocar este clube no seu lugar de direito. O trabalho, do nosso lado, precisa ser duro, árduo, com comprometimento. Entendemos o sofrimento do torcedor neste evento e no rebaixamento. Mas o sofrimento tem fases, e este momento é da fase em que precisamos deixar a tristeza de lado e reunir forças para que todos olhem para o mesmo lado. Direção, grupo, e sobretudo torcedores. Já vivenciamos cobranças no ano passado e elas não resultaram em reação no Brasileiro. Precisamos do torcedor do nosso lado, mesmo em um ano difícil, doído, pois é deles que tiraremos nossas energias", acrescentou o treinador.

O Grêmio volta a campo no sábado (5), para encarar o Novo Hamburgo, pelo Gauchão.

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