Qual Botafogo Textor projeta para o início? Perfil de negociados dá dicas

Com a SAF de John Textor agora devidamente encaminhada, o Botafogo se movimenta no mercado da bola por reforços e indica uma linha de mapeamento para ocupar lacunas no elenco neste primeiro momento. E já podemos identificar um perfil de jogador que o Alvinegro tem buscado: brasileiros com rodagem na Europa, mas ainda em fase de afirmação. Gente que entrou no radar das ligas europeias, mas que, por uma razão ou outra, ainda não se tornou realidade. E por que não apostar que eles possam estourar em General Severiano?

Mesmo ainda sem ser anunciado oficialmente, o técnico português Luís Castro, que já tem um acordo com o Glorioso, está participando da montagem do grupo visando, principalmente, as disputas da Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.

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Em reuniões realizadas com a cúpula do Botafogo durante o período de transição, John Textor apontava uma atenção especial para o trabalho de scout. O investidor se mostra um entusiasta do departamento para minimizar a margem de erros nas contratações.

Em meio às mudanças no departamento de futebol já realizadas pelo empresário, como a chegada de André Mazzuco como diretor de futebol, houve, inclusive, a contratação de Alessandro Brito como head scout — ele estava no Atlético-MG.

Textor já havia indicado que poderia repatriar alguns jogadores que estivessem em uma faixa de idade em que podem atingir o auge da carreira.

"Jogadores que fizeram grandes coisas na Europa e ainda acrescentam muito em campo podem voltar para casa. São jogadores que talvez não pensem em voltar agora, mas isso pode mudar com o que está acontecendo no Brasil. Os Red Bulls da vida estão aparecendo, pessoas como eu. Isso pode inspirá-los a voltar para o país natal não só para encerrar a carreira, mas para ser um lugar onde você vai estar no auge da sua carreira", disse, ao Sportv, na ocasião.

O empresário também analisa nomes estrangeiros, como é o caso do lateral-direito Renzo Saravia, ex-Internacional, mas há cautela por conta das regras vigentes no Brasil —no Brasileiro, cada time pode ter cinco estrangeiros inscritos por jogo. Atualmente, o Botafogo conta com o goleiro paraguaio Gatito e o zagueiro argentino Joel Carli.

Até aqui, o Alvinegro tem conversas bem encaminhadas com o meia Lucas Piazon, que está no Braga, de Portugal, e com o zagueiro Philipe Sampaio —que já teve a chegada a General Severiano "anunciada" pelo ex-clube Guingamp, da França.

Há outras conversas em curso e interesse em nomes como Bruno Pires, do Kunshan, da China, e Vitinho, ex-Athletico-PR e que tem vínculo com o Dínamo de Kiev, da Ucrânia.

Em oportunidades anteriores, Textor também demonstrou a intenção de ter um time B. Por enquanto, porém, há uma avaliação do elenco atual. Mudanças no grupo podem acontecer em breve.

Segundo mostrou o UOL Esporte há cerca de duas semanas, a análise é de que há diversos jogadores que não se encaixam no escopo imaginado pelo empresário e já tem, inclusive, alguns nomes na berlinda.

Na apresentação, Alessandro Brito falou sobre a ideia de "globalizar a parte de sscout" e indicou um "Botafogo muito forte na América do Sul".

"Agradeço o convite de estar neste processo inovador, de criar esse centro de informação, onde seremos responsáveis por toda a parte de mercado, captação, desempenho, criar um departamento de dados. A expectativa ela é alta e vamos trabalhar muito para alcançar os resultados previstos. A ideia do departamento é a gente conseguir globalizar a parte de scout, de mercado, ser um Botafogo muito forte na América do Sul, junto aos outros clubes que pertencem ao grupo", afirmou, à época.