Colunistas: Gre-Nal e mais, por que favoritos caíram na Copa do Brasil?
Não bastassem os nove times da Série B eliminados já na primeira fase da Copa do Brasil desde a semana passada, o Internacional deu vexame na quinta-feira (3) e também acabou caindo diante do modesto Globo-RN, após derrota por 2 a 0, tornando-se assim mais uma equipe da elite eliminada na edição de 2022 do torneio mata-mata.
Mas o que explica a queda de tantos favoritos na Copa do Brasil? Fizemos essa pergunta aos colunistas do UOL Esporte. Veja o que eles disseram:
O início de temporada sonolento, a qualidade dos gramados, o mau momento de alguns dos grandes (Grêmio, especialmente), é tudo alimento para as tradicionais zebras da Copa do Brasil. Aliás, o novo regulamento, com vantagem de empate para os grandes na primeira fase, acabou não surtindo o efeito esperado, de se livrar mais rápido dos pequenos. Curiosa para saber se a CBF voltará atrás.
ALICIA KLEIN
No caso da dupla Gre-Nal, uma tragédia anunciada desde as escolhas equivocadas na virada para a temporada 2021. Junte a isso a imprevisibilidade de um jogo único, mais a instabilidade de início de temporada e as surpresas acontecem.
ANDRÉ ROCHA
Há casos inexplicáveis como o do Inter. O Globo nem vivia o melhor de seus momentos. No caso do Grêmio, além de jogar abaixo do que pode, há o fato de o adversário (Mirassol) ser muito qualificado após anos de disputa com os grandes paulistas. São Paulo e Vasco ainda escaparam por pouco.
DANILO LAVIERI
Há quanto tempo se diz que não há mais bobos no futebol? Pois é. O Brasil não foi eliminado por Honduras na Copa América e pentacampeão mundial em seguida?
JUCA KFOURI
O regulamento explica em parte as zebras. Jogo único sempre dá mais chances aos times mais fracos, principalmente jogando em casa, muitas vezes em estádios com gramados ruins --e mesmo levando em conta que precisam vencer o suposto time mais forte. Mas acho que essa primeira fase da Copa do Brasil, sem as equipes da Libertadores, ou seja, as melhores do país, acaba escancarando os times tradicionais em má fase.
MARCEL RIZZO
Trabalhos recentes, começo de temporada, menosprezo ao adversário, "pastos", mandantes supermobilizados e, com todos esses senões, sempre bom lembrar e comprovar que futebol não é ciência exata da soma dos quadrados dos mapas de calor.
MARÍLIA RUIZ
Cada caso é um caso. Mirassol tem feito um ótimo trabalho na base e poderia mesmo surpreender o Grêmio. Nenhum time paulista encontra facilidade contra eles. Ser eliminado pelo Globo é vexame, fruto de trabalho novo.
MENON
Não é novidade. E a delícia da Copa do Brasil é mesmo a zebra. E era para termos mais! Não concordo com a regra de que o empate classifica o time com melhor ranking na CBF. Deveria ir para os pênaltis, oras! Assim, o São Paulo também poderia ter ido para o vinagre contra o Campinense.
MILTON NEVES
Não há uma explicação que sirva para todos os casos. Cada jogo tem a sua história e seus dramas. Mas partidas no início da temporada podem diminuir a diferença entre grandes e pequenos.
PERRONE
Copa do Brasil é sempre um torneio fértil para zebras. O que chama mais a atenção nesta edição é a péssima fase do futebol gaúcho. Tudo bem que estão com treinadores em início de trabalho, mas num jogo só, no qual se classificariam com um empate, ambos caírem é preocupante para a turma do Sul.
RENATO MAURÍCIO PRADO
Início de temporada e o novo formato ajudam a explicar a eliminação de vários favoritos. Muitos dos clubes que caíram, porém, vieram de fim de temporada ruim em 2021 e ainda estão em processo de reformulação, como Grêmio, Sport e Chapecoense, que caíram na Série A, e até mesmo o Internacional, que fez um péssimo 2º turno (no Brasileiro).
RODOLFO RODRIGUES
Cada caso é um caso, mas na grande maioria são equipes com trabalhos recentes, elenco recém-formado, e que ainda precisam de sequência para engrenar. Há um outro ponto que não pode ser desconsiderado. O time de menor investimento se mobiliza muito diante de um adversário que joga apenas "mais um jogo". O somatório de todos esses cenários, mais os gramados ruins, diminuem as distâncias técnicas entre as equipes.
RODRIGO COUTINHO
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