Iates, helicópteros, mansões, jatos e carrões: os luxos do dono do Chelsea
Em meio a invasão russa à Ucrânia, Roman Abramovich se viu obrigado a colocar à venda o Chelsea, clube que comprou em 2003, e outras propriedades por causa de sua proximidade com o presidente russo, Vladimir Putin.
Número 142 na lista de homens mais ricos do mundo, o oligarca tem uma fortuna estimada em cerca de US$ 12,4 bilhões (R$ 63 bilhões, em valores atualizados), segundo ranking da Forbes. Com tanto dinheiro, ele pode desfrutar de muitos luxos, com o Chelsea sendo apenas um dos seus grandes investimentos.
O portfólio inclui, por exemplo, helicópteros, mansões, jatinhos particulares, carros e iates — estes últimos, uma de suas paixões.
Ele é dono do Eclipse, considerado o iate mais seguro do mundo. O megaiate, avaliado em 1,1 bilhão de libras (R$ 7,4 bilhões), é equipado com vidros blindados, proteção de defesa antimísseis, dois helipontos, três barcos acoplados, um minissubmarino, sala de cinema, piscinas, sala de conferência e até salão de beleza, com spa e ginásio esportivo.
Mas aparentemente apenas um super iate não é suficiente para Abramovich, que é dono também do Solaris, uma embarcação um pouco menor que o Eclipse (160 metros, contra 140 metros). Com 48 cabines em oito decks, o iate pode acomodar 36 convidados, contra 70 do "irmão mais luxuoso". O Solaris é avaliado em US$ 610 milhões (R$ 3 bilhões), e também tem sistema de detecção de mísseis, janelas à prova de bala e proteção blindada.
Enquanto o Eclipse é conhecido por ter uma boate, o Solaris tem um 'beach club' ao ar live no deck superior traseiro e uma flotilha de jet skis.
Pelos ares
Segundo o jornal britânico Daily Mail, Abramovich ainda é dono de dois jatos particulares. Um deles é um Boeing 787-8, considerado o avião executivo mais caro do mundo. Fabricado em 2015, é um avião comercial modificado desde a sua montagem para ser um jato executivo.
Segundo a Forbes, o jato 787-8 foi avaliado em 188 milhões de libras (R$ 1,3 bilhão, na cotação atual). Mas Abramovich ainda gastou mais 76 milhões de libras para modificá-lo, fazendo seu valor chegar a 264 libras (R$ 1,8 bilhão). Para o voo inaugural do jato, em dezembro do ano passado, Abramovich deixou a gélida Moscou para aterrissar na ilha paradisíaca de São Martinho, no Caribe.
Depois de adquirir o Boeing 787-8, Abramovich colocou à venda um Boeing 767-300ER, apelidado de "Bandid", por US$ 100 milhões (R$ 508 milhões, na cotação atual). Fabricado há 14 anos, a aeronave tem capacidade para 34 passageiros. O Boeing possui salas de leitura e de reuniões, além de um lounge e quartos espaçosos. Há ainda pelo menos dois banheiros, sala de estar, sala de jantar, uma cozinha, e acomodações para tripulação.
Para voos mais curtos, o bilionário russo tem outra aeronave, um Gulfstream G650. O jato particular é avaliado em US$ 65 milhões (R$ 329 milhões) e pode acomodar até 18 passageiros.
A frota aérea do bilionário ainda inclui pelo menos três helicópteros. Um deles é o Eurocopter (agora Airbus) EC155 Dauphin, que pode custar até US$ 8 milhões (R$ 41 milhões). Abramovich ainda é dono de um Eurocopter EC145, usado normalmente para serviços médicos de emergência, que custa em média US$ 3,5 milhões (R$ 18 milhões).
Coleção de carros vale R$ 112 milhões
Segundo o site Luxury Launches, especializado em artigos de alto padrão, o dono do Chelsea possui uma coleção de carrões avaliada em US$ 22 milhões (R$ 112 milhões). O site afirma que nem todos os exemplares são de conhecimento público.
Entre os itens conhecidos está o Pagani Zonda R, do qual foram produzidos apenas 15 exemplares e que custa US$ 3,5 milhões (R$ 18 milhões).
E, pelo jeito, Abramovich é adepto dos modelos exclusivos. Ele é proprietário também de uma Ferrari FXX, de US$ 2,5 milhões (R$ 13 milhões). O modelo é um protótipo de desenvolvimento exclusivo para pistas de alto desempenho, com apenas 30 unidades fabricadas.
A coleção de Abramovich ainda inclui um Bugatti Veyron, avaliado em US$ 2 milhões (R$ 10 milhões), duas limusines Maybach, um Porche e um Rolls-Royce.
Casas em todo o mundo
Além do Chelsea, Abramovich está tentando vender algumas propriedades para evitar sanções da União Europeia, do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Entre os itens da lista, estaria uma mansão de 15 quartos avaliada em US$ 118,4 milhões (R$ 601 milhões) em Kensington Gardens, em Londres, considerado o endereço mais caro da capital inglesa.
Além disso, segundo a agência de notícias Bloomberg, Abramovich quer se desfazer de uma cobertura no Chelsea Waterfront, com vista para o rio Tâmisa e para o estádio do Chelsea, o Stamford Bridge, pela qual pagou 30 milhões de libras (R$ 201 milhões, em valores atualizados), em 2018.
Entre as suas propriedades fora do Reino Unido, está o Château de la Croê, no sul da França. O castelo de estilo clássico foi construído em 1927 e comprado por Abramovich em 2001. A propriedade, que havia sido abandonada, foi totalmente restaurada pelo oligarca entre 2008 e 2010. O custo da reforma teria ultrapassado os 100 milhões de euros (R$ 554 milhões, na cotação atual).
Abramovich ainda possui um imóvel de 35 milhões de libras (R$ 235,2 milhões) em Saint-Tropez, no sul da França, além de casas na Rússia, na ilha mediterrânea da Sardenha, nas Antilhas e nos Estados Unidos. Entre seus imóveis em território norte-americano está um rancho de esqui em Aspen, no Colorado, avaliado em US$ 23 milhões (R$ 120 milhões).
No Caribe, Abramovich é dono da Gouverneur Bay Estate, uma vila situada no meio da floresta, que dá acesso a uma praia particular. O local, que pertenceu a David Rockefeller, foi projetado para se parecer com uma vila balinesa, com quatro bangalôs.
Em Tel-Aviv, o dono do Chelsea é proprietário de um hotel, avaliado em 17,1 milhões de libras (R$ 114,5 milhões), transformado em mansão. Ele passou a viver na capital de Israel em 2018, após não conseguir renovar seu visto de investidor e ter que deixar o Reino Unido.
Ele perdeu parte de seus imóveis em processos de divórcios, em 2007, quando se separou de sua segunda esposa, Irina, e em 2018, quando chegou ao fim a união com Dasha Zhukova, que ficou com quatro de suas cinco casas em Upper East Side, em Nova York, avaliadas em US$ 92 milhões (R$ 467 milhões).
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