De maneira heroica, o Real Madrid reverteu a vantagem do PSG e se classificou para as quartas de finais da Champions League 2021/22 nesta quarta-feira (9). O time espanhol, que já havia perdido o confronto de ida por 1 a 0, saiu novamente atrás, mas com três gols de Benzema garantiu a virada e vaga na fase seguinte.
Na Live Fim de Papo especial, transmitida pelo UOL Esporte após o término da partida, os jornalistas Victor Canedo, Rafael Oliveira, Júlio Gomes e Mauro Cezar Pereira analisaram a virada do Real Madrid e falaram a respeito dos fatores que mudaram o panorama do duelo.
"É até bom que o futebol ainda mantenha algumas questões místicas, como camisa que entorta varal, e que não seja tudo científico e nada mais. O que aconteceu hoje é óbvio que teve o peso do clube, da camisa. Do outro lado, vinha um clube menor, que tem muito dinheiro. Agora, passa também pelo comportamento de alguns jogadores do PSG, que foi inaceitável no segundo tempo, simplesmente toleraram que o Real Madrid os dominasse completamente. O PSG não existiu mais", começou dizendo Mauro Cezar Pereira.
"O PSG foi muito melhor no primeiro jogo, 1 a 0 foi barato, abriu o placar no jogo da volta, mas, a partir da falha do seu goleiro, o time desmoronou com jogadores em campo que têm que ter liderança técnica e até psicológica para um momento desses. O Real Madrid virou um monstro gigantesco que engoliu o seu adversário. Foi uma vitória histórica de um time que deve ganhar um gás absurdo para a sequência da competição", completou o comentarista.
Em seguida, Rafael Oliveira deu sua opinião e apontou o fator psicológico como o grande responsável pela virada da equipe espanhola, que culminou na classificação ao término da partida.
"Gosto muito de olhar para o lado estratégico e muitas vezes as pessoas se incomodam com isso, só que hoje fugiu de qualquer explicação. É isso que torna tudo tão fantástico. Tivemos um jogo absurdo que foi para um caminho completamente inesperado. O PSG foi melhor na maior parte do confronto, foi melhor dentro do primeiro tempo e respondeu na etapa inicial ao que o Real Madrid tinha para a partida de hoje. A grande casca de banana para nós é não querer inverter toda a lógica, dizendo que o PSG fez um jogo pífio".
"Eu não gosto do lado de camisa porque acho que o Real Madrid já teve períodos em que era eliminado por todo mundo nas oitavas. Isso depende mais do grupo, do elenco, da mentalidade. As pessoas podem argumentar e dizer que o PSG tem jogadores vencedores e isso é verdade, mas não enquanto grupo. No fundo, mais do que escolhermos qual é a palavra para tudo que aconteceu, o grande ponto é o psicológico e como um erro custa caro em uma partida desse tamanho. O jogo é tático, técnico e físico, mas também é psicológico, que foi o ponto determinante para a classificação do Real. O Real Madrid aproveitou o mínimo detalhe e cresceu, enquanto que o PSG teve várias chances para matar o adversário e não o fez", afirmou Rafael Oliveira.
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