Botafogo: Piazon volta ao Brasil após longa jornada como promessa na Europa
Anunciado na tarde de hoje (10), o meia Lucas Piazon é o segundo reforço do Botafog de John Textor. É um jogador que já esteve no elenco do atual campeão europeu e mundial, o Chelsea, além de ter se destacado em categorias de base da seleção brasileira, mas que terá no Alvinegro a primeira experiência no futebol profissional em seu país natal.
Revelado pelo São Paulo, ele chegou a ser apontado como um dos nomes mais promissores do Brasil, e ainda cedo foi para o Chelsea, tal como o meia Nathan, hoe no Fluminense. Na Europa, porém, ele não engrenou depois de muitas idas e vindas durante uma década, passando por vários países.
Piazon estava no Braga, de Portugal, e desembarca em General Severiano com um contrato até o meio do ano que vem. O nome agrada ao técnico português Luís Castro, que é aguardado no clube em breve.
Logo nos primeiros passos da carreira, o jogador saiu do Athletico-PR para o São Paulo, sob acusações dos dirigentes do Furacão. Com boas apresentações em torneios de base, começou a chamar a atenção do grande público no início de 2011, quando tinha 16 anos e atuava como atacante. À época, uma matéria do jornal italiano "Gazzetta dello Sport" apontou Piazon como "Novo Kaká" e indicava que a Juventus preparava uma proposta de 7 milhões de euros (R$ 19 milhões na ocasião).
"Acho que muita gente fala isso porque temos o mesmo jeito de correr, de conduzir a bola. Olhando de longe, me pareço com ele, temos o mesmo biotipo. Sem dúvida, me espelho demais nele. Mas, falando sobre estilo de jogo, somos completamente diferentes. Ele é um meia de ligação e eu sou um segundo atacante, aquele que não gosta de ficar parado na área", disse, em entrevista ao "ge", em janeiro daquele ano.
Com passagens também pelas seleções de base, o jovem não escondia o desejo de participar de grandes conquistas no Morumbi, mas não houve tempo. Em março de 2011, quando tinha 17 anos, foi vendido ao Chelsea, da Inglaterra, e embarcou para a Terra da Rainha tão logo completou a maioridade.
No Velho Continente, foram poucas as chances com a camisa do Blues, e sete clubes diferentes em seis países por empréstimo: Málaga, da Espanha, Vitesse, da Holanda, Eintracht Frankfurt, da Alemanha, Reading e Fulham, da Inglaterra, e Chievo, da Itália, e Rio Ave, de Portugal, onde foi titular e conseguiu espaço.
"Quando fiz 18 anos, sentei no banco pela primeira vez com André Villas-Boas. A temporada acabou e não era mais ele, mas Roberto Di Matteo. Ele me manteve na equipe principal, treinei todos os dias. Joguei dois jogos em setembro, mas depois apenas um em dezembro. Aí, não era o Di Matte, mas o Rafa Benítez. Fui emprestado e, quando voltei, ele já tinha ido embora. Tinha o José Mourinho, com quem não foi muito fácil ter uma chance", lembrou, em entrevista ao "Oh My Goal".
"Vou ser sincero. Voltei e iríamos para a pré-temporada com o novo treinador. Novos jogadores chegariam no verão. Eles sempre nos disseram: 'Se você fizer isso direito, o treinador pode mantê-lo'. No fundo, sabia que não tinha chance. O clube pagava muito dinheiro para outros jogadores. Sabíamos que ficaríamos três, quatro ou cinco semanas e depois tentariam nos emprestar novamente", completou.
Em janeiro do ano passado, Piazon deixou o Chelsea, após nove anos, e assinou contrato com o Braga, clube onde chegou por indicação de Carlos Carvalhal e com o qual assinou vínculo até 2025. Ele foi importante na conquista da Taça de Portugal, título que não era conquistado desde a temporada 2015/2016.
O brasileiro estava fora dos planos e a diretoria conversava por soluções. Houve uma sondagem do Fortaleza, mas as conversas não seguiram.
Piazon se encaixa em um perfil procurado por John Textor, investidor da SAF do Botafogo. Além dele e do zagueiro Philipe Sampaio, que estava no Guingamp, da França, a diretoria busca anunciar novos nomes até o início do Campeonato Brasileiro.
Polêmica fora de campo
Em 2015, Piazon integrou a seleção que participou dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. À época, a polícia local expediu mandados de prisão contra ele e o goleiro Andrey, ex-Botafogo, sob acusação de abuso sexual. Posteriormente, ele ficou livre da acusação.
"Foi um grande equívoco da polícia. A côrte canadense já tinha dito que não cabia acusação. Mesmo assim, a polícia insistiu e me expôs dessa maneira horrível", disse ele, ao Extra, em janeiro de 2016.
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