Abramovich é proibido de vender Chelsea, que perde patrocínio e fecha loja

O governo do Reino Unido fechou o cerco contra o russo Roman Abramovich, proprietário do Chelsea e que tem ligação próxima ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que entrou em guerra com a Ucrânia há duas semanas. O bilionário aparece ao lado de outras seis pessoas em uma lista de sanções em retaliação à invasão.

Logo de cara, Abramovich foi proibido de vender o Chelsea, o que já estava em andamento - propostas vinham sendo feitas até o dia 15. Além disso, ele não poderá fazer qualquer investimento no clube, incluindo venda de atletas para recuperar qualquer dinheiro investido anteriormente.

• Veja análises e últimas notícias do futebol no Posse de Bola com Mauro Cezar Pereira, Arnaldo Ribeiro, Juca Kfouri e Eduardo Tironi:

Relacionadas

De ganês dono de mina de ouro a McGregor; quem pode comprar o Chelsea?

Em meio a sanções, dono do Chelsea tira iate de R$ 2,8 bi de Barcelona

Iates, helicópteros, mansões, jatos e carrões: os luxos do dono do Chelsea

"Oligarcas e cleptocratas não têm lugar na nossa economia, nem na nossa sociedade. Com seus laços estreitos com Putin, são cúmplices de sua agressão", afirmou a chanceler britânica, Liz Truss.

Patrocínio suspenso

A onda de notícias ruins não parou por aí. O que era rumor, se tornou realidade hoje (10), quando a "Three", patrocinador máster do clube, suspendeu o contrato que garantia 120 milhões de libras (cerca de R$ 794,4 milhões).

A empresa de telecomunicações se tornou o principal patrocinador da camisa do clube londrino para a temporada 2020/21 em um contrato de três anos — 40 milhões de libras (R$ 132 milhões) por temporada.

No entanto, a decisão do governo do Reino Unido de congelar os ativos de Abramovich por conta do seu relacionamento com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em guerra com a Ucrânia há duas semanas, foi decisivo para a empresa suspender o contrato.

"À luz das sanções recentemente anunciadas do governo, solicitamos ao Chelsea Football Club que suspendesse temporariamente nosso patrocínio ao clube, incluindo a remoção de nossa marca do estádio até novo aviso. Reconhecemos que esta decisão afetará os muitos torcedores que seguem seu time com paixão. No entanto, sentimos que, dadas as circunstâncias e a sanção do governo que está em vigor, é a coisa certa a fazer", disse a "Three" em comunicado.

"Como uma rede móvel, a melhor maneira de apoiar o povo da Ucrânia é garantir que os refugiados que chegam ao Reino Unido do conflito e os clientes atualmente na Ucrânia possam permanecer conectados às pessoas que são importantes para eles. Portanto, estamos oferecendo pacotes de conectividade para todos os ucranianos que chegam ao Reino Unido e aqueles na Ucrânia", completou a empresa de telecomunicação.

A decisão significa que o Chelsea, provavelmente, não usará seu uniforme regular para o confronto desta noite com o Norwich. Mas a empresa entende que talvez não haja tempo para finalizarem um kit de substituição adequado a tempo para a partida da Premier League desta noite.

Loja fechada

Outra medida de caráter urgente foi o fechamento da loja do Chelsea, no Stamford Bridge. O principal local de vendas do clube fechou as portas horas após as sanções impostas pelo governo do Reino Unido a Abramovich.

O clube ainda teve outro impacto duro nas suas atividades. Os únicos torcedores que poderão seguir frequentando o estádio são os que compraram o pacote da temporada, já que não poderá mais ahaver nenhum tipo de comercialização de tickets após as sanções.

Caso tente burlar algumas dessas regras, o Chelsea perderá nove pontos de acordo com as sanções estabelecidas.