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Bola de Ouro muda critérios, e Copa do Mundo só vai contar para 2023

Lionel Messi recebe o sétimo prêmio da Bola de Ouro da carreira - REUTERS/Benoit Tessier
Lionel Messi recebe o sétimo prêmio da Bola de Ouro da carreira Imagem: REUTERS/Benoit Tessier

Colaboração para o UOL, em São Paulo

11/03/2022 10h23

Classificação e Jogos

O jornal francês "L'Équipe", responsável ao lado da revista "France Football" pela "Bola de Ouro", que premia anualmente o melhor jogador do mundo - Messi foi o vencedor em 2021 -, anunciou quatro mudanças importantes nos critérios para a entrega do troféu. Com as novidades, o desempenho na Copa do Mundo do Qatar, em dezembro, só será levado em conta para a avaliação em 2023.

A partir de 2022, o tempo de avaliação, os responsáveis pelas indicações e pelos votos, e os critérios que definem a escolha de um jogador passarão por alterações para seguir as novas regras, que têm a clareza como principal objetivo.

1 - Temporada no lugar do ano

A primeira mudança tem a ver com o tempo para avaliação. Antes, o ano era levado em conta. Agora, a temporada europeia (que se encerra 31 de julho, com a Eurocopa Feminina) será a janela de análise dos atletas.

Assim, a Copa do Mundo de 2022, que será disputada entre 21 de novembro e 18 de dezembro, só valerá para a eleição da Bola de Ouro de 2023.

2 - Variedade nas indicações

A segunda mudança importante está na elaboração da lista de indicados. Além dos jornalistas do "L'Équipe" e da "France Football", a partir de 2022, também participarão da elaboração da lista o ex atacante Didier Drogba, embaixador do prêmio, e os jornalistas de outras publicações que mais se aproximaram de acertar o resultado final.

Assim, em 2022, Truong Anh Ngoc, do Vietnã, Gordon Watson, da Nova Zel ndia e Karolina Hlavackova também participarão da elaboração da lista de indicados, que conta com 30 candidatos ao prêmio masculino, vinte para o feminino e dez para os Troféus Yashin e Kopa (goleiro e atleta jovem).

3 - Restrição nos votos

Até última edição, representantes de 170 países votavam na lista de candidatos. Entendendo que "países sem cultura futebolística e com pouco acesso a imagens das principais competições pode enfraquecer o juri", o L'Équipe anunciou que apenas representantes das 100 melhores seleções no ranking da Fifa poderão votar. Entre as mulheres, apenas representantes das 50 melhores seleções.

4 - Novos critérios

Argumentando que "A Bola de Ouro é um prêmio individual", o L'Équipe propôs os novos critérios para a votação. Em primeiro lugar, deve ser levado em conta o desempenho individual e caráter decisivo e impactante dos candidatos para suas equipes.

O rendimento coletivo e os números da equipe durante a temporada devem ser levados em conta como o segundo critério mais importante. Por fim, os eleitores devem se atentar ao comportamento do jogador em campo, no sentido do jogo limpo.

Vencedores em 2021

Na última edição com as regras antigas, Lionel Messi, ganhou com sua sétima Bola de Ouro. Alexia Putellas ficou com o troféu feminino. Além deles, Pedri, do Barcelona recebeu o Troféu Kopa, e Donnarumma foi contemplado com o Troféu Yashin.