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Medina 'se fecha' com elenco para recuperar vaiados em arrancada do Inter

Ricardo Duarte / Internacional / Divulgação
Imagem: Ricardo Duarte / Internacional / Divulgação

Do UOL, em Porto Alegre

11/03/2022 04h00

Alexander Medina reconheceu que viveu momentos complicados recentemente. O treinador esteve ameaçado de demissão após a queda do Internacional para o Globo-RN, pela Copa do Brasil. Viu, então, o grupo de jogadores se unir a ele e, em seguida, desempenhar o melhor futebol da temporada até agora na vitória sobre o rival Grêmio, na última quinta-feira (10).

Ao reforçar o elo com o grupo, Medina pretende recuperar a moral de jogadores vaiados pela torcida, quer "fechar" ainda mais o vestiário e então mostrar em campo o poder dessa união.

"Estamos trabalhando para ver atuações como a de hoje. Nos jogos anteriores, isso não se refletiu em campo, mas os jogadores nos treinamentos estavam muito bem. Precisávamos disso, e de ter essa personalidade. Tivemos um golpe duro contra o Globo-RN, e conseguimos reverter a imagem que deixamos. Eles honraram a camisa do Inter, mostraram o compromisso que têm com o clube, tenho que agradecer pela atuação", afirmou o técnico.

E não foram somente palavras que mostraram isso. Após o Gre-Nal 435, os jogadores, unidos, correram para abraçar o técnico. No gol da vitória no clássico no Beira-Rio, Moisés não foi abraçar David pelo feito, mas correu até o comandante para lhe dar carinho.

"Depois do jogo da Copa [eliminação para o Globo], eu me disse responsável. Depois, os jogadores também fizeram isso, porque somos um grupo. E transmitiram o compromisso que tem com o trabalho. Mas falar não vale nada, teria que mostrar. Tivemos uma reunião de muita autocrítica, de portas fechadas, como tem que ser. Valorizamos muito isso. Os jogadores não apenas me falaram de compromisso, mas mostraram. Os nossos melhores jogos foram depois da derrota, e mostraram o compromisso que têm conosco, não apenas de boca, mas em ações. Temos uma boa relação com todos os jogadores. Eles precisam estar convencidos, ter confiança do que estão fazendo. Temos que dar a volta. Como somos vaiados, somos aplaudidos, e depende de nós", contou o comandante uruguaio.

E neste novo ambiente, turbinado pela vitória contra o maior rival, o Colorado quer recuperar jogadores que foram vaiados recentemente, como Cuesta, Edenilson e Moisés.

"Começamos a ter boas atuações e bons resultados e o ambiente irá mudando. Tomara que todos sejam aplaudidos no próximo jogo no Beira-Rio do início ao fim. Isso favorece o jogo. Um clima hostil, de pressão, não é bom. Mas só nós somos capazes de mudar essa história. O Moisés fez um grande jogo e vinha sendo questionado. O Edenilson também foi muito bem, o Cuesta também. A partir daí queremos que isso seja o início de uma reaproximação entre a torcida e os jogadores. Eles têm qualidade. Nunca duvidei de nada porque eu via o trabalho deles. E hoje se refletiu no campo", acrescentou.

"Há uma convicção da direção que a comissão técnica pode tirar mais desse grupo. E isso está se confirmando. O que foi referido, da comemoração dos gols, do campo, é um exemplo da união de todos. E quanto mais a direção, comissão técnica, jogadores e o clube como um todo estiverem unidos, a chance de êxito cresce de forma exponencial", confirmou o vice de futebol Emilio Papaléo Zin.

O Inter fecha sua participação na primeira fase do Gauchão amanhã (12), contra o Guarany de Bagé. O Colorado já está classificado à fase semifinal.

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