Nesta quinta-feira (10), o São Paulo amargou uma derrota por 1 a 0 para o Palmeiras, em clássico disputado no Morumbi pelo Paulistão. O gol marcado por Rony logo no começo da partida forçou o Tricolor a partir para o ataque, mas os problemas de criação de jogadas do elenco são-paulino se tornaram evidentes - ainda mais diante da melhor defesa do torneio, com apenas um gol sofrido.
Na Live do São Paulo, programa do UOL Esporte logo após os jogos do Tricolor, os jornalistas Marcelo Hazan, Menon e Gabriel Perecini comentaram sobre os problemas exibidos pelos são-paulinos no Choque-Rei, especialmente na primeira etapa. A eficiência tática alviverde contrastou com a vontade, mas de pouca inspiração, dos donos da casa.
"O Choque-Rei foi um choque de realidade para o São Paulo. Nesse jogo, tudo foi ao contrário do que houve contra o Corinthians. Ali, o São Paulo fez o gol com um minuto, ficou se defendendo e, com muito mérito, conseguiu vencer. Hoje, sofreu o gol com dez minutos e teve que fazer alguma coisa para jogar e não conseguiu. Só fez isso quando o Marquinhos entrou", analisou Menon.
Hazan ressaltou que o início de partida do Tricolor foi ruim, o que complicou a reação da equipe no clássico. "O São Paulo começou bem mal a partida. Em seus primeiros dez minutos, o Palmeiras dominou o clássico e o Tricolor, sem a bola. O Palmeiras abriu o placar e aí mudou o panorama do jogo. O São Paulo abdicou da bola no começo do jogo, em um cenário parecido com o do Majestoso, quando saiu ganhando com um gol de Calleri logo no início. Hoje, viveu a situação inversa: sofreu o gol cedo e precisou propor o jogo e ficar mais com a bola para agredir o Palmeiras, que tem a melhor defesa do campeonato", observou.
Um dos principais problemas apresentados pelo São Paulo no primeiro tempo foi a deficiência na armação de jogadas. Para Menon, o técnico Rogério Ceni falhou ao montar o meio-campo com Igor Gomes e Gabriel Sara como titulares. O colunista preferiria ter começado a partida com Marquinhos no lugar de um deles.
"Eles são jogadores lutadores taticamente, mas na hora de criar alguma coisa, eles são muito fracos. O São Paulo tem um elenco que se ressente dessa criatividade ali perto da área. Foi um erro do Rogério entrar tanto com Sara como com Igor Gomes. Poderia ter começado com Marquinhos, que deu um calor no Piquerez quando entrou e mudou o jogo", opinou o colunista do UOL.
Hazan enfatizou a superioridade demonstrada pelo Palmeiras no começo do jogo, que foi determinante para o resultado do Choque-Rei. "A estratégia ficou clara, de o São Paulo ficar atrás da linha da bola e deixar o Palmeiras controlar e propor, que não é o jogo que gosta de fazer e nem estão habituados. O São Paulo, por característica do Rogério, gosta mais de ter a posse. No clássico contra o Corinthians foi diferente e hoje tentou fazer o mesmo. Só que o domínio do Palmeiras nos dez primeiros minutos foi absurdo. O Palmeiras amassou em dez minutos. Depois do gol, o São Paulo tentou jogar, mas foi muito tímido", disse.
Para Menon, Ceni deveria ter agido mais rapidamente para mudar o panorama da partida, já que o Tricolor só conseguiu incomodar o Palmeiras a partir do segundo tempo. "O São Paulo entrou muito para se defender, ter uma tática e no segundo tempo tentar abrir um pouco mais. O gol do Palmeiras desmontou tudo isso e o Rogério demorou 55 minutos para tentar reagir a uma situação que era clara", completou.
Não perca! A próxima edição da Live do São Paulo será no domingo (13), logo após a partida contra o Mirassol pelo Paulistão. Você pode acompanhar o programa pelo Canal UOL, no app Placar UOL, na página do São Paulo no UOL Esporte ou no canal do UOL Esporte no Youtube.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.