Possível venda de Luiz Henrique quebra clima entre torcida e Fluminense
A possível venda do atacante Luiz Henrique ao Bétis, da Espanha, repercutiu negativamente junto à torcida do Fluminense. Cria de Xerém e um dos destaques do time, o iminente adeus do camisa 11 fez os tricolores contestarem o momento da negociação e os valores que a envolvem, e gerou um abalo em uma relação que, até aqui, vinha quase que em ritmo de lua de mel.
As conversas avançadas giram em torno de 13 milhões de euros, aproximadamente R$ 72 milhões na cotação atual, por 85% dos direitos — números revelados pelo "ge". Caso as tratativas se concretizem nestes moldes, a venda de Luiz Henrique entraria no top 5 da história do Tricolor. Porém, a quantia não agrada os torcedores.
Com 21 anos, Luiz Henrique tem contrato com o clube das Laranjeiras até 2025 e uma multa rescisória que gira em torno de 40 milhões de euros, cerca de R$ 220 milhões na cotação atual.
Segundo o UOL Esporte apurou, o Bétis fez uma primeira investida ainda com a janela de transferência aberta, mas, à época, os valores não agradaram ao Flu. As conversas, porém, ganharam novos capítulos e, com quantias remodeladas apresentadas, houve avanço nas negociações.
Ao longo do dia, torcedores foram às redes sociais demonstrar insatisfação com os valores, e apontar que tal montante não compensaria a perda do atacante, que vem sendo destaque — contra o Olimpia (PAR), pela terceira fase preliminar da Libertadores, marcou um golaço. Há, inclusive, uma imagem com uma convocação para uma manifestação marcada para hoje (13), em frente à sede, em que uma das pautas é "Fica LH".
Esta não é a primeira vez que a venda de um jogador da base gera contestações à gestão de Mário Bittencourt. Anteriormente, as saídas de Evanilson, Marcos Paulo, Kayky e Metinho já haviam tido ecos negativos —em nenhum desses negócios, individualmente, o Fluminense conseguiu um valor mais alto do que os supostos 13 milhões de euros por Luiz Henrique.
Após a saída de Evanilson, ainda em setembro no ano passado, o presidente reclamou do contrato feito pela antiga gestão nas Laranjeiras. "Quando ele fez 18 anos, poderia ter assinado por cinco anos, mas as pessoas que aqui estavam assinaram um novo contrato por mais três anos, que terminaria no início deste ano. À época, ele ainda não havia subido. Nós conversamos com os representantes e disseram que ele não se sentiu valorizado pela gestão anterior. Ele fez um acordo com a Tombense e conseguimos um empréstimo por dois anos, com o Fluminense ficando com 10% dos direitos e 20% de taxa de vitrine, o que daria 30%", disse Mário Bittencourt.
Já no início deste ano, o mandatário indicou a necessidade de vendas para "aliviar o caixa". "A janela de transferência fecha no fim de janeiro. Então, sempre até o último dia de janeiro existe a possibilidade de alguém saia. Temos duas propostas para jogadores, e ainda não aceitamos elas. Mas, obviamente, temos de avaliar a questão de preço, se estamos satisfeitos com o que estão oferecendo. Por enquanto, não [há venda], mas a tendência é que até o fim da janela a gente faça alguma venda. Até porque é importante fazer venda para aliviar o caixa do clube e termos condições de fazer boa temporada com dinheiro em caixa", apontou.
Nos primeiros momentos da temporada, houve proposta do Tigres, do México, ao zagueiro Nino, que não foi concretizada porque o Flu não chegou a um acordo com o Criciúma, que detém 40% do jogador. E o Tricolor chegou a acertar a transferência de Gabriel Teixeira ao Al Wasl, dos Emirados Árabes, mas o negócio não foi concretizado após os exames médicos.
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