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Goleada sobre Bangu amplia leque do Fla em meio a ajustes de Paulo Sousa

Paulo Sousa, técnico do Flamengo, durante o jogo contra o Bangu, pelo Carioca - Marcelo Cortes / Flamengo
Paulo Sousa, técnico do Flamengo, durante o jogo contra o Bangu, pelo Carioca Imagem: Marcelo Cortes / Flamengo

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

14/03/2022 04h00

A goleada do Flamengo sobre o Bangu por 6 a 0, no último sábado (12), mais que um placar elástico às vésperas da semifinal do Campeonato Carioca, aumentou o leque de opções do técnico Paulo Sousa, em meio aos testes e adaptações que vem colocando em prática neste início de trabalho na Gávea.

O treinador escalou o setor ofensivo com Everton Ribeiro mais pela direita, posição em que atuava anteriormente, Arrascaeta e Gabigol. E o trio demonstrou entrosamento. Além disso, o time foi eficiente e construiu boa vantagem ainda nos primeiros minutos de jogo.

"Temos duas posições com ele. Gostamos de ter jogadores com muita qualidade técnica no jogo. Iniciamos com ele no corredor esquerdo. Claro que a profundidade e velocidade que outros jogadores apresentam nesse corredor não é a mesma que o Everton pode oferecer. Por dentro, tem um jogo mais associativo e trabalha bem em termos defensivos. Hoje [sábado], manteve muita intensidade nas transições defensivas, o que é muito importante. É mais um jogador e mais uma oportunidade que temos para decidir durante ou antes do jogo se podemos utilizar nessa posição de hoje", disse Sousa.

A ausência de eficácia era, justamente, um dos pontos de insatisfação do treinador. Em mais de uma oportunidade, ele demonstrou incômodo com tal quesito, dizendo que o time precisava "ter uma melhor mentalidade" e "fome para fazer gol". E ele não descarta a manutenção do posicionamento do trio, com o acréscimo da entrada de Bruno Henrique.

"É viável, e algo que também pensamos. Bruno Henrique é um jogador de área, e precisamos de um jogador de área. A ideia de jogar como ponta ou como ponta mais externo está no nosso horizonte e pensamento, é uma coisa que trabalhamos e é algo que o jogador sabe", comentou.

À frente da zaga, a dupla formada por João Gomes e Thiago Maia apontou aspectos positivos, e acirrou a briga por vaga no setor, que tinha, até então, Willian Arão como titular.

Apesar de Paulo Sousa ainda buscar ajustes no time, um nome parece passar longe de causar preocupação: Arrascaeta. O meia uruguaio atravessa ótima fase e, nos últimos seis jogos, fez cinco gols e deu quatro assistências, somando nove participações diretas em gol, com uma a cada 53 minutos, segundo dados do site especializado em estatísticas Footstats.

"Todos os bons jogadores que têm qualidade na capacidade técnica de controle, sua visão de jogo, tomadas de decisões... Sempre que está em um ritmo alto é um jogador que alimenta muito nosso ataque dentro daquilo que é nossa ideia de jogo. Na forma que ele se move no campo, o entendimento e tempo de ocupação do espaço, faz com que ele seja um jogador influente. Fico feliz por ele e, principalmente, pela equipe. Um jogador dessa dimensão tem dado exemplo. Não só ele. Mas, sobretudo sem bola, é um jogador que se sacrifica, assim como todos têm de ser para poder fazer a diferença quando a equipe tem a bola", afirmou.