Palmeiras, Atlético e mais: os vetos de clubes a programas esportivos
As ofensas do jornalista Paulo Morsa ao técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, respingaram na Rádio Transamérica. Por determinação da presidente Leila Pereira, o clube não atenderá as solicitações de imprensa do veículo. Essa, porém, não é a primeira vez que um clube "veta" determinado veículo.
Além do Palmeiras, clubes como Atlético-MG, Vasco, Grêmio e Athletico já tomaram medidas semelhantes. E o UOL Esporte recorda alguns desses casos. Confira.
Palmeiras X Transamérica
O Palmeiras resolveu negar as solicitações de imprensa da Rádio Transamérica após discurso ofensivo do jornalista Paulo Roberto Martins, o Morsa, contra o técnico Abel Ferreira no programa "Papo de Craque" na última segunda-feira (14). O profissional chamou o português de "idiota" e "boçal" e acabou demitido.
Como resposta, a presidente Leila Pereira determinou que futuros pedidos da rádio sejam negados. O clube entende que Morsa extrapolou os limites da liberdade de imprensa ao ofender o treinador em seu âmbito pessoal.
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E a Band?
Essa, contudo, não é a primeira vez que o Palmeiras adota tal medida. Após determinação do então presidente Paulo Nobre, entre 2014 e 2016, jogadores e técnicos alviverdes não podiam participar ou gravar entrevistas exclusivas para o programa "Os Donos da Bola", da Bandeirantes, comandado por Neto.
A reaproximação aconteceu em maio de 2017, quando o técnico Cuca concedeu entrevista à atração da Band. Antes disso, o clube havia permitido que atletas dessem entrevistas exclusivas para o programa de Neto.
Culpa do dummy
O Atlético-MG não gostou da brincadeira feita pelo "Globo Esporte MG" e resolveu vetar qualquer entrevista exclusiva para a Globo. Na edição da última quinta-feira, um dummy do BBB entrou no no ar durante a atração esportiva e exibiu o recado "pênalti pro Galo". Era uma referência à quantidade de penalidades máximas marcadas para o Alvinegro desde a temporada passada, sendo a mais recente no clássico contra o Cruzeiro.
O atual campeão brasileiro não gostou da brincadeira e resolveu punir a emissora. Tanto que no jogo do último final de semana, contra o Democrata, de Governador Valadares, nenhum jogador do Galo e nem mesmo o técnico Turco Mohamed concederam entrevistas antes, durante e depois da partida, como consta no contrato de transmissão da competição.
Manchete polêmica
Em 2019, o Grêmio suspendeu por duas semanas entrevistas à RBS, afiliada do Grupo Globo no Rio Grande do Sul, devido a uma manchete do jornal "Zero Hora" em vitória do Internacional contra o Cruzeiro. Na reportagem que tratava do jogo, a manchete era: "Deu Moledo e cia", mas havia um grifo em "Deu Mole", expressão usada por Renato Gaúcho após a derrota para o Fluminense e que gerou críticas
Dias depois, o Zero Hora publicou nota de esclarecimento dizendo que não tinha intenção de ofender o clube e torcedores. O "perdão" do Grêmio só veio semanas depois, em decisão tomada pelo Conselho de Administração do clube.
Lá no RJ...
O Vasco também está na lista de clubes que vetou algum veículo de participar do seu dia a dia. Em 2007, sob determinação do então presidente Eurico Miranda, três jornalistas do "Diário Lance!" foram proibidos de fazer a cobertura diária do clube. Na ocasião, apenas funcionários da "TVL!" foram liberados pela diretoria cruzmaltina.
E também no Paraná!
Em 2007, o Athletico-PR não autorizou o credenciamento da Transamérica para transmitir a partida contra o Rio Brasil. Na ocasião, o clube vetou o credenciamento do comentarista Airton Cordeiro e não explicou o motivo. A rádio entrou com ação para poder entrar no estádio, alegando que o clube adotou uma atitude discriminatória. Foi deferida uma liminar para garantir à rádio o direito de acesso.
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