Pelo segundo ano seguido, a Liga dos Campeões não terá Cristiano Ronaldo e Messi nas quartas de final, o que não ocorreu nos 16 anos anteriores, quando os dois jogadores foram os principais nomes da competição, levando seus clubes a título e duelando pelos prêmios individuais do futebol europeu.
No UOL News Esporte, José Trajano e Eduardo Tironi comentam o estágio da carreira dos dois jogadores, Messi com 34 anos e Cristiano Ronaldo com 37 e se acabou definitivamente a era deles na Liga dos Campeões.
Para Trajano, Messi ainda tem como última chance a disputa da Copa do Mundo com a seleção argentina, o que é dúvida para Cristiano Ronaldo com Portugal, mas chegou o momento de outros jogadores assumirem o protagonismo, enquanto o argentino e o português caminham para a reta final da carreira em alto nível.
"O Messi ainda tem uma salvação que é a Copa do Mundo jogando pela Argentina e ele que voltou a jogar bem pela seleção da Argentina nas Eliminatórias. A salvação para o Messi, é a última Copa dele, pode ser a última Copa do Cristiano Ronaldo, como pode ser a última Copa do Neymar também. Para o Messi é a Copa do Mundo, para o Cristiano Ronaldo é um ponto de interrogação", diz Trajano.
"Mas tudo acaba, é uma geração que envelheceu, já jogaram muito, grandes craques, a gente pode chamar de gênios da bola, mas chega uma hora que não dá mais. Agora é hora de uma outra geração tomar o lugar dos dois, infelizmente, porque a gente vai perder o encanto desses dois craques da bola, mas estamos vendo o encerramento da carreira, já se faz notar, faz tempo já", completa.
Tironi concorda que Messi ainda pode ter como último grande momento a Copa do Mundo no Qatar com a seleção argentina e pergunta se alguém poderá repetir o que ele e Cristiano Ronaldo fizeram nas últimas décadas no futebol europeu.
"Se não acabaram, estão acabando as carreiras do Cristiano Ronaldo e do Messi. Concordo também que o Messi ainda tem esse canto do cisne aí que é a Copa do Mundo e acho que desta vez, claro que ele é o principal jogador da Argentina, mas ele não é mais o faz tudo da Argentina, então essa nova configuração da seleção argentina pode ser interessante para ele, não como o cara que precisa fazer todas as coisas, está atuando de maneira diferente na Argentina e isso pode ser positivo para ele. Imagino até que o Messi deva estar pensando nisso", diz Tironi.
"Eu acho que estamos chegando no fim da carreira desses dois jogadores e o que fico pensando é que é difícil imaginar que a gente vai ter um domínio de dois caras ou um cara por tanto tempo assim como esses jogadores, as carreiras deles foram em alto nível durante muito tempo. Que outro jogador foi assim? É difícil lembrar", conclui.
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