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Ceni trocou peças e fez São Paulo furar retranca após sofrer no Paulistão

Rogério Ceni, durante a partida entre São Paulo e Manaus - Paulo Pinto/São Paulo FC
Rogério Ceni, durante a partida entre São Paulo e Manaus Imagem: Paulo Pinto/São Paulo FC

Brunno Carvalho

Do UOL, em São Paulo

17/03/2022 04h00

As dificuldades no Paulistão serviram de lição para o São Paulo. Desde o início da temporada, a equipe sofreu para conseguir balançar as redes de times que se fechavam, principalmente no Morumbi. Foi assim contra a Inter de Limeira no mês passado, quando teve 72% de posse de bola, fez 57 cruzamentos e saiu de campo com um empate por 0 a 0.

Diante do Manaus, pela segunda fase da Copa do Brasil, a estratégia se mostrou diferente desde a escalação. Sabendo que o adversário iria ao Morumbi com uma proposta de se fechar, Rogério Ceni praticamente abdicou da marcação.

O São Paulo foi a campo com Rafinha e Reinaldo, dois laterais ofensivos que Ceni disse, mais de uma vez, que dificilmente conseguiriam jogar juntos. Na zaga, os experientes Arboleda e Miranda ficaram no banco de reservas, dando lugar a Diego Costa e Léo, que possuem mais facilidade para construir jogadas. Os dois eram uma aposta de Fernando Diniz quando técnico do clube. Foi ele que fez com que o lateral-esquerdo se tornasse zagueiro.

"Nós precisávamos ter uma transição mais rápida da defesa para o ataque, e Léo e Diego conseguem fazer isso melhor, o que possibilitou poder jogar Rafinha e Reinaldo juntos, o que não é costumeiro. Mas nós precisávamos construir, fazer gols no primeiro tempo", explicou Ceni, em entrevista coletiva.

A estratégia deu resultado. O São Paulo pressionou o Manaus desde os primeiros minutos e foi para o intervalo com 2 a 0 no placar, gols de Eder e Diego Costa. Pouco antes do primeiro gol, o time de Ceni já poderia ter aberto o placar se o zagueiro Claudinho não tivesse salvado em cima da linha um chute de Reinaldo.

A vantagem no placar permitiu que o São Paulo diminuísse o ritmo na segunda etapa, algo que incomodou Ceni. Mesmo assim, surgiram mais duas chances claras de aumentar a vantagem. Patrick chegou a balançar as redes, mas a arbitragem viu falta no goleiro Pedro Henrique. Por último, Rigoni acertou o travessão em cobrança de falta.

A atuação de ontem deve servir de parâmetro para os próximos compromissos do São Paulo. A equipe fará duas partidas seguidas no Morumbi. A primeira, contra o Botafogo-SP, no sábado (19), encerrará a primeira fase do Paulistão. Já a segunda, em data ainda a ser confirmada, será contra o São Bernardo, pelas quartas de final da competição.

Em ambas, a tendência é que o São Paulo encontre adversários que priorizarão o contra-ataque. Será a chance de testar se a equipe tricolor descobriu a maneira ideal para furar retrancas.

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