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De flerte com recorde a eliminado, Flu vê ambiente mudar em uma semana

Sob olhar dos jogadores do Fluminense, Olimpia celebra classificação à fase de grupos da Libertadores - EFE/Nathalia Aguilar POOL
Sob olhar dos jogadores do Fluminense, Olimpia celebra classificação à fase de grupos da Libertadores Imagem: EFE/Nathalia Aguilar POOL

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

17/03/2022 04h00

O ambiente no Fluminense deu uma virada de 180º, para pior. Em uma semana, o Tricolor passou de um time prestes a igualar recorde histórico a eliminado na fase preliminar da Libertadores, principal competição da temporada. Agora, diretoria, comissão técnica e elenco tentam "juntar os cacos" para retomar o bom desempenho. E a resposta tem de ser rápida, uma vez que o próximo compromisso já é pela semifinal do Campeonato Carioca.

O adeus à Libertadores também é ruim do ponto de vista financeiro. Com a queda precoce, o clube deixou de embolsar US$ 3 milhões (cerca de R$ 15,2 milhões). Isso, dias após o presidente Mario Bittencourt justificar a venda dos diretos econômicos de Luiz Henrique ao Betis, da Espanha, em transação que envolveu aproximadamente R$ 72 milhões, por conta, justamente, do momento dos cofres.

A conjuntura negativa se desenha pouco depois do "ápice" da lua de mel que havia entre campo e arquibancada. Na última semana, no Nilton Santos, a vitória por 3 a 1 sobre esse mesmo Olimpia dava boa vantagem na Libertadores e deixava o time a um passo de igualar as 13 vitórias consecutivas de 1919, até hoje a maior sequência do clube.

As coisas caminhavam de forma satisfatórias, mas os episódios que se sucederam mudaram o cenário. Ainda no sábado, a informação sobre o acordo para o adeus de Luiz Henrique e os valores envolvidos geraram protestos da torcida à gestão.

À tarde, a equipe encarou o Boavista e ficou apenas no empate sem gols, em jogo com desempenho aquém do esperado, e não alcançou a esperada marca. Ontem (16), o time viu a vantagem escorrer pelas mãos e, nas cobranças de pênaltis, dois dois jogadores mais experientes, Willian Bigode e Felipe Melo, desperdiçarem.

"O emocional, por causa do segundo gol, afetou. Conversamos: 'vamos para os pênaltis, da maneira que treinamos, tranquilo'. Eles foram mais felizes. Pelo jogo em si, mereceram, mas aquilo que nós nos propusemos a fazer, que era o contra-ataque, eles nos deram, mas não soubemos aproveitar", disse o abatido técnico Abel Braga.

A delegação do Fluminense chega ao Rio de Janeiro na manhã de hoje (17), e, na segunda-feira, encara o Botafogo no primeiro encontro na luta por vaga na final do Estadual.

"Temos um projeto para essa temporada, e esse projeto não para por aqui. Não vamos abaixar a cabeça, temos um ano inteiro. Claro, o objetivo do grupo era chegar nessa Libertadores, mas temos de seguir, porque se a gente baixar [a cabeça], pode piorar. Vamos nos unir bastante, sabendo que virão críticas, temos que procurar sermos fortes. Peço que o torcedor esteja do nosso lado. Sei que agora é momento de revolta, decepção, mas pedimos desculpas e temos o ano todo para ir em busca dos nossos objetivos", afirmou o zagueiro David Braz.

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