Jornal: Abramovich movimenta dois superiates e aviões para evitar sanções
O bilionário russo Roman Abramovich, que tenta se desvincular do Chelsea, tem sido alvo de sanções que estão sendo impostas a oligarcas russos próximos a Vladimir Putin, presidente do país e que comanda a invasão à Ucrânia. Para tentar driblar estas sanções e evitar o risco de confisco, o empresário tenta movimentar seus bens mais valiosos.
Segundo o jornal inglês The Sun, a frota de embarcações de Abramovich está sendo realocada para lugares seguros. O superiate Solaris, estimado em R$ 3,3 bilhões e que já esteve em Barcelona, e o Eclipse, avaliado em R$ 7 bilhões, estão indo para a Turquia, que promete não aderir às sanções internacionais contra a Rússia.
O jato Gulfstream G650ER foi retirado de Moscou nos últimos dias e passou pelo Cazaquistão, Azerbaijão e Turquia antes de pousar em Israel, onde Abramovich tem uma mansão. De acordo com a CNBC, um jato particular do dono do Chelsea já foi apreendido em Farnborough, na Inglaterra.
Um Boeing modelo 787 Dreamliner, também de Abramovich, e helicópteros do bilionário se movimentaram recentemente, o que reforça a hipótese de que ele está evitando locais arriscados para deixar suas posses. A logística para mudar seus bens mais valiosos é complicada, já que podem ser parados e confiscados se entrarem em mares ou espaço aéreo que são pró-sanção.
Os jornais da Inglaterra informam que Abramovich tem cerca de R$ 20 bilhões em ativos congelados apenas no Reino Unido. A Forbes, por sua vez, destaca que o russo tem cerca de R$ 66 bilhões em posses como jatos, mansões, iates, helicópteros e carros espalhados pelo mundo. O site Bloomberg ainda diz que Roman Abramovich é o 8° homem mais rico do mundo.
A publicação do The Sun destaca que o russo pode ir morar na Turquia e até comprar um time local para tentar recriar o sucesso que teve com o Chelsea.
O Chelsea, no meio de tudo isso, está à venda. Abramovich corre o risco, inclusive, de não receber nenhum valor da venda do clube, já que o governo do Reino Unido planeja confiscar o montante. Enquanto isso, o clube segue sofrendo e perdendo patrocinadores, além de ter a conta bancária suspensa, assim como o dono do time.
Abramovich, que já anunciou a saída do clube, prometeu doar o valor recebido com a venda do Chelsea para vítimas da guerra. Já existem rumores de possíveis compradores e até propostas que foram feitas a Abramovich para que ele passe o comando do clube.
Entenda o motivo das sanções:
O Reino Unido, onde Abramovich morava, lidera a imposição de sanções contra russos que têm "acesso privilegiado" a Putin e é seguido, em grande parte, pela União Europeia.
A justificativa das restrições se baseia em: por "terem relações muito boas" com o presidente da Rússia, os bilionários, mantendo seus negócios normalmente, podem gerar mais dinheiro para o país e, consequentemente, financiar direta ou indiretamente a continuidade da invasão à Ucrânia.
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