Cinco fatores que fizeram Corinthians perder o clássico para o Palmeiras
O Corinthians conheceu, ontem (17), sua terceira derrota em clássico no Campeonato Paulista ao ser superado pelo Palmeiras por 2 a 1. Atual bicampeão da Copa Libertadores, O português Abel Ferreira montou o Alviverde com uma estratégia que anulou as ideias ofensivas de seu compatriota Vítor Pereira e deixou o Timão limitado em suas opções ao longo da partida, muitas vezes acuado no campo de defesa.
Abaixo, o UOL Esporte lista os fatores que fizeram o Corinthians ser surpreendido pelo rival e decretar a Vítor Pereira sua segunda derrota em três partidas no futebol brasileiro.
Lado esquerdo sem proteção
A derrota do Corinthians começa a ser explicada no duelo entre Lucas Piton e Dudu pela beirada do campo. O atacante palmeirense levou a melhor nas jogadas de velocidade e foi o principal articulador do sistema ofensivo da equipe de Abel Ferreira. Atleta de características ofensivas e ainda em processo de aprendizado na fase defensiva, Piton não foi páreo para o experiente adversário, de 30 anos.
O lateral, no entanto, não contou com reforço na marcação e ficou no mano a mano com o ponta palmeirense. A situação poderia ter sido resolvida deslocando Du Queiroz para o lado esquerdo, porém o volante já estava sobrecarregado no meio de campo, já que Paulinho estava posicionado um pouco mais adiantado.
Imposição física
Outro fator determinante para a derrota no Allianz Parque foi a imposição física do Palmeiras. Com dois atacantes rápidos e a defesa postada no campo de ataque, o Alviverde empurrou o Timão para trás e, sem a posse da bola, usou e abusou das faltas táticas. Curiosamente, essa era a estratégia de Vítor Pereira para o Dérbi. A estratégia, no entanto, não saiu conforme o esperado.
Dificuldade de furar a blitz palmeirense
Se a parte física foi um problema para o Corinthians, o mesmo vale para o aspecto técnico do jogo. O goleiro Cássio, o volante Du Queiroz e até mesmo Renato Augusto e Willian tiveram pouco espaço para pensar as jogadas e erraram passes ainda no campo de defesa. Tudo isso graças à compactação do Palmeiras na marcação, muitas vezes com dois atletas em cima de um. Além de devolver a bola ao adversário, a dificuldade mexeu com a confiança da equipe ao longo dos 90 minutos.
Posse de bola concentrada no campo de defesa
Pressionado durante a maior parte do Dérbi, o Corinthians viu Róger Guedes, Paulinho e Gustavo Mosquito voltarem ao campo de defesa para ajudarem seus companheiros. Quando o jogo se desenhava dessa forma, o Palmeiras afrouxava a marcação alta e fez a recomposição em seu campo de defesa. Com a bola dominada, o Alvinegro trocou passes entre os zagueiros e laterais e, quando chegava ao meio de campo, defrontava com a marcação adversária.
Na prática, o Timão teve mais posse de bola do que o Palmeiras, porém acabou dominado na marcação alviverde e pouco perigo ofereceu ao gol defendido por Weverton.
Marcação individual sobre Renato Augusto
Por fim, a derrota do Corinthians no Dérbi tem relação direta com a marcação de Danilo em Renato Augusto. O jovem palmeirense, de 20 anos, grudou no camisa 8 do Timão e não o deixou pensar quando esteve com a bola sob seu domínio. Quando a estratégia não deu certo, algum companheiro se aproximava e fazia a falta.
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