Ceni projeta melhora de Rigoni: 'voltará a ter a importância que já teve'
Um dos destaques do São Paulo no início do Brasileirão da temporada passada, Emiliano Rigoni ainda tenta se reencontrar com o bom futebol. O argentino caiu de produção na reta final de Hernán Crespo e perdeu espaço no time titular com Rogério Ceni. Depois da vitória por 2 a 1 sobre o Botafogo-SP, em que o camisa 7 abriu o placar, o treinador disse acreditar em uma retomada de seu jogador.
"Rigoni é um menino ótimo, muito fácil de se lidar no dia a dia. Teve uma fase muito boa no começo no são Paulo e estamos tentando que ele ganhe confiança. Fez o gol, tem participado. (...) Adoro o Rigoni, adoro trabalhar com ele todos os dias e tenho certeza de que ele vai chegar próximo da importância que teve para o São Paulo no início do Brasileiro do ano passado", disse.
Rigoni terminou o Brasileirão do ano passado sendo o jogador com mais participações em gols do São Paulo. Na partida de hoje, ele se destacou no primeiro tempo com o gol e as movimentações para receber os passes de Nathan pela direita. Pouco antes do intervalo, contudo, o camisa 7 acabou desperdiçando uma chance sem goleiro.
Diante do Botafogo-SP, Rigoni foi escalado na função de segundo-atacante, ao lado de Jonathan Calleri. Desde que Ceni chegou, o camisa 7 já atuou aberto pela esquerda, pela direita e centralizado no meio. Para o treinador, o argentino é capaz de desempenhar mais de uma função com qualidade.
"Eu acho que ele rende bem em qualquer uma das funções, seja por dentro pela velocidade, drible, ou por fora no um contra um, que ele tem essa técnica. Na recomposição pelo lado ele ainda precisa evoluir um pouco. Mas, por dentro, ele tem uma marcação um pouco melhor", explicou.
Rigoni atuou em oito partidas do São Paulo na temporada. O argentino balançou as redes duas vezes e deu uma assistência para o gol de Calleri contra o Red Bull Bragantino.
O São Paulo volta a campo na próxima terça-feira (22), às 20h30 (de Brasília), no Morumbi, pelas quartas de final do Paulistão. O time de Rogério Ceni terá pela frente o São Bernardo, que se classificou na segunda posição do Grupo B.
Confira outras declarações de Rogério Ceni:
O que achou da atuação do Moreira como volante?
Um garoto bom de se trabalhar, 17 anos apenas, está indo para a seleção português sub-18 hoje. A função principal dele é a lateral, mas ele fez alguns treinos comigo como volante, essa semana trabalhou assim. Gostaria de escalar o Luan, mas não vejo condições de escalá-lo ainda nem por 45 minutos.
O que achou do jogo?
O time produziu inúmeras chances de gol, não foi efetivo, foi um pouco mais lento que o normal. A vitória é sempre importante, mas hoje era um dia para a gente fazer diferença de gols e melhorar nossa situação na tabela.
Depois do pênalti perdeu, o time deu uma desequilibrada psicologicamente, tomamos o gol e precisamos lutar mais do que o necessário para conseguir a vitória.
Como você avalia o trabalho da comissão técnica até agora?
Muito difícil falar do próprio trabalho, é uma coisa delicada de se colocar. A diferença [para o ano passado] é a competitividade, um time que não deixa de lutar em momento nenhum. Precisa evoluir em alguns aspectos, mas melhorou bastante. Cria bastante chances de gols, nem sempre converte, mas é uma equipe que hoje orgulha seu torcedor pela maneira que se comporta dentro de campo.
Esperamos que na terça consigamos dar sequência no campeonato. Não começamos bem o campeonato, tínhamos poucos dias de treino, jogadores com covid, não tínhamos condição física para enfrentar alguns adversários.
É um time que não deixa de lutar em momento nenhum. Psicologicamente é mais forte do que foi no ano passado.
Você sente que a torcida está mais ao seu lado agora?
Acho que sim, muito devido aos resultados que tivemos. Até a terceira rodada tínhamos um ponto. Depois fizemos 22 pontos, ganhamos vários jogos.
No Brasil, o conceito muda de rodada para rodada, entre uma vitória e uma derrota. Vejo natural, não é pegar no pé. Torcedor é movido pela paixão, quer seu time vencendo. A imprensa está lá para valorizar bons trabalhos e criticar quando não vai bem.
O que eu vejo nesse time é que a longo prazo, para o Campeonato Brasileiro, é um time que chegará no final do ano futebolístico... veremos um São Paulo em uma posição bem superior ao que foi no passado. Um time mais físico, mais coeso, bem melhor em alguns aspectos com mais opções de troca, de jogo, em um nível bem parecido.
Tem os jogos finais que vamos enfrentar equipes mais prontas e até superiores à nossa. Esse vai ser o grande desafio para esse resto de campeonato paulista.
Você permaneceu em pé durante a chuva. Era alguma mensagem?
Honestamente, eu sempre gosto de trabalhar em pé à beira do campo. Me sinto mais próximo, mais conectado com os jogadores. Tinha capa no banco, mas tinha uma chuva relativamente fraca. Não é nenhuma mensagem, não. A minha maior mensagem é a maneira de trabalhar, que eu preciso estar à beira do campo, sempre falando, posicionado, cantando o jogo para eles para que a gente tenha essa conexão melhor.
O que fazer de diferente na terça em comparação com hoje?
Na Copa do Brasil não fizemos mais do que nossa obrigação até agora. Passamos por duas equipes que temos maior poder de investimento, técnico também. No Campeonato Paulista, os grandes clubes têm por obrigação a classificação. Os desafios começam agora porque são jogos únicos.
Quando você tem jogos únicos é perigoso porque você tem um erro, um pênalti que muda toda a partida.
O São Bernardo é uma equipe bem competitiva. Quando tivermos oportunidade de fazer um gol, temos que colocar para dentro o mais rapidamente possível. Quando você tem essas oportunidades contra algumas equipes, você tem que encerrar o jogo o mais cedo possível.
O São Bernardo é mais forte do que enfrentamos em mata-mata até agora. Vai ser um jogo bem mais complicado, bem mais difícil, mas vamos fazer nosso melhor para atingir a semifinal que é sempre onde os quatro grandes pensam em chegar. Mas até lá a gente espera conseguir uma vitória na terça-feira.
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