Dono do City recebe e abraça aliado de Putin em meio à guerra na Ucrânia
O Ministro de Assuntos Presidenciais dos Emirados Árabes Unidos e proprietário do Manchester City, Sheikh Mansour, recebeu em seu país o presidente sírio Bashar al-Assad, aliado de primeira hora de Vladimir Putin. O encontro vem sendo muito criticado por ter acontecido em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Os parlamentares britânicos denunciaram o proprietário do City por conceder a primeira viagem de Assad a um país que não seja a Rússia ou o Irã - países que apoiam seu regime - desde o início da Guerra Civil Síria.
Com a visita do presidente sírio, o deputado Chris Bryant, presidente do Grupo Parlamentar de Todos os Partidos sobre a Rússia, questiona se o xeique Mansour é "uma pessoa adequada para ser dono de um clube de futebol".
O encontro já havia sido condenado pelo governo dos Estados Unidos, que acusou o regime de Assad de causar um conflito que as Nações Unidas estimam ter matado mais de 350 mil pessoas, no qual Putin o ajudou militarmente. Além disso, a Síria foi um dos poucos países que votaram contra a resolução que condena os ataques russos à Ucrânia na Assembleia Geral da ONU.
O ativista de direitos humanos Nicholas McGeehan, diretor fundador da FairSquare e ex-pesquisador sênior da Human Rights Watch, também falou sobre o encontro.
"À luz das sanções de Roman Abramovich, a visão do proprietário do Manchester City, xeique Mansour, cumprimentando Assad em Abu Dhabi deve ser outro despertar para a Premier League. Essas imagens são projetadas para dar evidência a Assad e enviar uma mensagem muito clara em um momento em que seu aliado, Vladimir Putin, está sob intensa pressão", disse McGeehan ao jornal britânico Telegraph.
É importante mencionar que Abramovich, dono do Chelsea, está sofrendo uma série de sanções do governo britânico por conta de sua ligação com Vladimir Putin. Com isso, seus bens foram congelados, os Blues foram colocados à venda e o oligarca russo não deve receber um centavo por ela.
Apesar de tudo isso, o Manchester City entrou com a bandeira da Ucrânia no gramado, pouco após a invasão russa, pedindo o fim da guerra. Outro ponto que deve ser levantado é que Zinchenko, jogador dos Citizens, é ucraniano e já fez duras críticas a Putin.
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