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Abel Braga elogia elenco e exalta bons números do Fluminense na temporada

Colaboração para o UOL, em São Paulo

21/03/2022 23h51

Abel Braga aproveitou a parada para hidratação aos 21 minutos do segundo tempo para fazer três mudanças no Fluminense. As entradas de Yago Felipe, Ganso e Nonato mudaram a cara do Tricolor, que passou a criar mais e conseguiu o gol anotado por Arias para garantir a vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo, pelo jogo de ida da semifinal do Carioca.

Após o triunfo no Nilton Santos, o treinador falou sobre as alterações que realizou na equipe das Laranjeiras. O comandante destacou a boa resposta que os atletas que saem do banco estão dando ao longo do ano.

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"Temos uma equipe considerada titular, a que mais jogou, porém em todas as oportunidades quem entrou fez a diferença. Hoje não foi diferente. Trabalhamos muito a bola entre os zagueiros no primeiro tempo para cansar os zagueiros. Em determinado momento, vi que estava pesado para os dois lados. O legal é isso, o presidente falou na roda com os jogadores e foi muito feliz. Sentíamos que existia tristeza pelo que ocorreu no Paraguai [eliminação na Libertadores diante do Olimpia]. Me surpreendi por não mudar a cabeça deles, mas eles mudaram a minha. A gente batalhou muito. Estamos em março e nenhuma outra equipe fez 16 jogos com 13 vitórias e um empate. É uma equipe de jovens, então estou muito contente. Quem entrou resolveu mais uma vez", comentou.

Para o treinador, é preciso ressaltar os bons números da equipe em 2022. Na visão de Abel, o fato de ter 13 vitórias e somente duas derrotas na temporada é um fato que deveria ser ótimo para os torcedores, mesmo com a eliminação antes da fase de grupos da Libertadores.

"Falar do jogo é meio complexo, muito difícil. Marcar alto, baixo e propor jogo são as palavras da moda. Meu time que não é considerado titular propõe muito mais. O titular é mais seguro. Não consigo entender muito a cabeça dos jornalistas. O que se vai falar de uma campanha dessa? Se eu estivesse na arquibancada estaria adorando", declarou.

O ânimo da equipe após a eliminação da Libertadores também foi tema da coletiva. Na volta de Assunção (PAR), alguns torcedores protestaram pela desclassificação, algo visto com naturalidade pelo técnico.

"Achei que hoje o time ainda estava [afetado pela eliminação]. Os torcedores foram muito claros comigo e com respeito. Tentei responder algumas perguntas, se falou demais no problema do Luiz Henrique [negociado com Betis-ES{]. Não posso me envolver, só dar minha opinião. Foi algo tranquilo, sem qualquer tipo de problema. Se teve foi antes, não vi por estar no free shop. O rapaz que fez a manifestação sobre o Mário [Bittencourt, presidente] me chamou e fui lá. O ambiente estava tenso, mas não vimos nada", comentou.

"O presidente foi muito feliz agora. Essa tristeza que sentimos ficou aqui. É mais uma vitória em clássico. As pessoas não entendem muito que temos pessoas que decidem. Dizem que estou jogando com três zagueiros, mas ninguém fala que estou com três atacantes. O Botafogo veio muito bem armado, arriscando bastante. Posso estar enganado, mas os três zagueiros foram importantes nos 20 primeiros minutos, quando o Botafogo tentou sufocar", completou.

Para chegar à final do Carioca, o Fluminense pode perder o jogo de volta contra o Glorioso por até um gol de diferença. O duelo acontece no domingo (27), às 16h, no Maracanã.

Confira outros pontos da coletiva

Críticas da torcida

Entendemos esse momento de ansiedade do torcedor, que quer muito mais. O fundamental é apoiar. Já teve exemplos aqui que o time brigou para não cair após eliminação na Libertadores. O apoio é muito importante. Os jogadores foram bem dignos com a camisa do clube. Existe uma cumplicidade muito grande entre eles, é uma satisfação pessoal muito grande,

Trabalho com o elenco

Não precisava mexer como fiz e só subir mais o Manoel no meio. Achei que havia um desgaste muito grande com o Martinelli. O Nonato entrou muito bem. É assim, quero achar o melhor. Os três entraram bem, no próximo entram mais dois bem. Isso é o legal, não trabalhar em cima de 11 e sim em um grupo de 29, 30 jogadores de linha.

Opção por três zagueiros

No Paraguai perdemos por duas desatenções, não queria falar mais. Sofremos um gol de cruzamento, a única maneira que poderia sair. Com dois ou três zagueiros, existem várias situações no jogo. É mais difícil para o atacante, que joga de costas, se desvencilhar. É condicionar quando temos que subir um de trás para fazer o volante e, fundamentalmente, saber que ficará no mano a mano em muitas situações. Não se pode correr para trás na bola jogada pelo adversário. O campeão da Champions League joga com três zagueiros.

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