Como Patrick de Paula foi de dispensado a reforço mais caro do Botafogo
O mundo dá voltas. A frase mais do que batida se encaixa nas mais variadas situações, e também na relação do Botafogo com Patrick de Paula. Reforço iminente do Fogão, o volante se tornou uma das contratações mais caras da história do Alvinegro anos depois de ter sido dispensado da base devido à crise financeira que o clube atravessava.
A negociação vai envolver 6 milhões de euros, cerca de R$ 34 milhões, por 50% dos direitos econômicos. O jogador é um dos reforços da era John Textor, e chega como uma das principais contratações da temporada.
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Caso seja negociado com o Crystal Palace, clube inglês que também pertence a John Textor, dono do Botafogo, terá um aditivo de 3,5 milhões de euros (R$ 19,4 milhões) por mais 20% dos direitos econômicos.
Natural do Rio de Janeiro, Patrick de Paula teve breve passagem pela base do Alvinegro, interrompida, justamente, pelo momento adverso que o clube tinha nas finanças.
Levado pelo irmão, o jogador foi aprovado em testes e escolhido para integrar a equipe principal do sub-13. Porém, faltavam recursos para fazer o trajeto entre Santa Margarida (zona oeste do Rio), onde morava, e Niterói, local em que aconteciam os treinos das categorias inferiores do Glorioso.
A família chegou a procurar o clube para uma ajuda de custo, mas, à época, com as finanças combalidas, o Botafogo não fazia investimentos em nomes tão precoces, raras algumas exceções.
"Comecei a jogar bola com cinco anos. Meu irmão que me levou para jogar na escolinha atrás da minha rua, em um campo que tem. Dali, comecei a jogar bola, e seguir minha vida. Fui levando o futebol a sério. Fiz teste nos quatro grandes do Rio de Janeiro, no Botafogo eu passei, mas não tinha condições financeiras de ir todos os dias. Não fui mais [aos treinos] e fui seguindo", disse, em entrevista à Palmeiras TV, em março de 2020.
Patrick, então, voltou a atuar no time do Cara Virada, projeto social em Campo Grande, maior bairro da região. Foi pela equipe que o jovem teve boas atuações na Taça das Favelas e chegou a participar de torneios fora do país. Posteriormente, chamou a atenção dos olheiros, sendo escolhido para fazer teste no Palmeiras.
"Joguei a Taça das Favelas. Da Taça das Favelas, joguei um torneio com a Nike, e viajei com a Nike para a França. Depois, joguei o campeonato amador da capital, onde o [Juarez] Fisher, olheiro do Palmeiras me viu e me trouxe para fazer teste aqui", completou.
No Alviverde, o jogador fez a base e, aos 20 anos, foi o protagonista na conquista do título paulista de 2020. Na atual temporada, porém, perdeu espaço no elenco.
O Botafogo, por sua vez, sob gestão de John Textor, vive nova fase e se mostra bastante ativo no mercado, com largo investimento no elenco e ganhando concorrências.
Além de Patrick de Paula, o Alvinegro já anunciou, até aqui, o zagueiro Philipe Sampaio, o lateral direito Saravia e o meia Lucas Piazon. Há ainda outras negociações encaminhadas como Vitor Sá e a própria comissão técnica de Luís Castro. A ideia do Botafogo é investir e contratar, ao menos, seis ou sete jogadores com status de titular para a disputa da Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.
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