Novo presidente da CBF diz que sofreu preconceito por ser baiano e negro
O presidente eleito da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirmou que sofreu preconceito "por ser baiano, por ser do interior e por ser negro" em seu discurso após a eleição realizada hoje na sede da entidade.
"São nove meses de todo esse tipo de situação, de injúrias, de infâmias. Hoje, a democracia venceu. Não preparei discurso porque passei esse tempo me defendendo do preconceito, tenho caráter ilibado. Sofri todo tipo de pressão e preconceito. Tive meus telefones grampeados, meus e-mails violados", disse Ednaldo.
"Preconceito por ser do Nordeste, por ser baiano, por ser do interior, o presidente por ser negro. Essa é a grande realidade e a grande resposta. Não fui só eu que disse não a esses preconceitos. Agradeço as 26 federações, aos 20 anos de clubes, os 20 clubes da Série B. Todos os nossos membros de chapas", acrescentou o presidente eleito.
Ednaldo ainda afirmou que nunca entrou no helicóptero da CBF e destacou sua humildade.
"Temos duas aeronaves, o jatinho e o helicóptero. Sei que existe, mas nunca entrei. Não vou entrar porque, a partir deste momento, convocarei as assembleias para que possa fazer a venda dessas aeronaves. O presidente é humilde e sempre viajou em avião de carreira. O custo dessas aeronaves por ano é de R$ 13 milhões. Se consideramos no mandato de quatro anos, será de R$ 60 milhões. Vamos usar esse dinheiro na estrutura."
Ednaldo estava como presidente interino desde agosto do ano passado e, hoje, foi eleito com 137 votos. O mandato dele começa agora e vai até março de 2026. Ele era candidato único: aglutinou apoio de quase todos os clubes e federações, o que impediu o registro de qualquer chapa de oposição.
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