Vitória, mesmo sem final, fortalece Medina e afasta demissão no Inter
O Inter não chegou à final do Campeonato Gaúcho, apesar de ter vencido o Grêmio por 1 a 0. O resultado, ainda que insuficiente nas pretensões do clube, fortaleceram o trabalho de Alexander Medina. Agora, o uruguaio está seguro no comando e não corre risco iminente de demissão.
"Nunca tivemos dúvida [da permanência dele]. Porque acompanhamos o dia a dia no CT, dos treinos. Em nenhum momento condicionamos a permanência ao resultado. Ele sabe disso, a comissão técnica também sabe, o grupo sabia. A gente tem 14 jogos na temporada, duas eliminações sofridas, mas entendemos que a continuidade naquilo que é o compromisso dos atletas, do modelo de jogo, e da nossa direção", disse o presidente Alessandro Barcellos.
A favor de Medina, também, há o apreço dos jogadores. Na comemoração do gol, Taison correu o campo todo e fez questão de abraçar o treinador. O capitão é representante do elenco, que dá sinais claros de que está fechado com o treinador.
"Muita gente não gostaria de ter o Mister aqui. Mas a gente gosta muito dele, temos pouco tempo de trabalho, estamos com ele", disse o atacante após o jogo.
A direção vermelha ainda aproveitou para assumir sua parte na responsabilidade pelo início claudicante de temporada. O Colorado não vai à final do Gauchão e foi eliminado na primeira fase da Copa do Brasil. E, segundo o mandatário colorado, falta peças para execução do modelo de jogo pretendido.
"Não vamos esgotar um debate aqui, mas ainda nos falta quantidade de jogadores em funções específicas para que tenhamos melhor condição de avaliar o trabalho que está sendo feito. E isso é responsabilidade da direção, é um compromisso nosso. Neste período antes das próximas competições, vamos conseguir fazer isso", completou Barcellos.
Nos bastidores, a eliminação é atribuída a falhas individuais no jogo de ida, no Beira-Rio. Nos duelos com o Grêmio em 2022, o Colorado venceu dois e perdeu um. Porém, está fora da decisão e seguirá em jejum no Estadual, que não vence desde 2016.
"Fica a dor da eliminação. Trabalhamos muito para virar essa chave e conquistar o título gaúcho. Saímos com essa frustração, essa dor. A dor de quem vê um grupo sendo transformado na forma de jogar, na mentalidade, coisas que tentamos há algum tempo e ainda não conseguimos. Isso nos traz essa dor. E a gente não pode, em momento algum, deixar de sentir isso. Os primeiros dois objetivos da temporada não foram conquistados, e isso é o que fica. Mas temos que olhar para frente, tirar o que foi positivo e o que foi negativo para nos dar um saldo melhor no futuro", sentenciou o mandatário.
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