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Richarlison volta à seleção com gol e reforça versatilidade no ataque

Richarlison durante Brasil x Chile pelas Eliminatórias - Carl de Souza/AFP
Richarlison durante Brasil x Chile pelas Eliminatórias Imagem: Carl de Souza/AFP

Igor Siqueira

Do UOL, no Rio de Janeiro

25/03/2022 04h00

Classificação e Jogos

Durante a semana, ele tinha dado o recado: não estava na seleção brasileira porque fazia gracinha. Pois bem. A "graça" que Richarlison fez foi o quarto gol da vitória do Brasil sobre o Chile, ontem (24) no Maracanã, pelas Eliminatórias à Copa 2022.

O jogo já estava resolvido, é verdade. Mas o tapa de canhota no canto de Claudio Bravo não só deu números mais bonitos ao jogo, como também reforçou o papel de versatilidade e relevância que o Pombo atingiu neste ciclo com a seleção brasileira.

E o gol ainda veio em um momento pessoal importante, sendo uma resposta positiva à confiança que Tite depositou nele. Por conta de veto dos clubes ingleses e, depois, lesões, o último jogo de Richarlison pela seleção havia sido no mesmo Maracanã, na final da Copa América, em julho de 2021. Foram nove jogos ausente neste período, além do duelo contra a Argentina, interrompido aos cinco minutos de jogo no episódio da Anvisa.

Em uma seleção cujo desenho não tinha centroavante de origem, mais fixo, Richarlison entrou como ponta direita. A comissão técnica vê nele, inicialmente, um camisa 9, mais centralizado, mas sabe que pode contar com a característica de agressividade pelas pontas, entrando em diagonal.

Na titularidade, a seleção conta com jogadores com características mais fortes de drible, é o caso de Vini Jr. o próprio Raphinha e Antony, que começou o jogo contra o Chile. Mas Tite descarta recorrer a jogadores com papel mais agressivo pelas pontas, como é o caso de Richarlison.

Ontem (24), ele recebeu passe de Bruno Guimarães, cortou o marcador com a perna direita e finalizou no canto, de canhota. Foi o 11º gol em 33 jogos pela seleção principal.

Para a comissão técnica, imaginando a lista final da Copa, versatilidade é importante, até para que Tite consiga ter na mão um grupo que se adapte às eventuais adaptações táticas — como já tem feito nos jogos recentes.

A concorrência no ataque, especificamente, é das mais acirradas. Apesar da classificação assegurada ao Mundial, a comissão técnica está numa fase de variações, mas usando os jogadores que entendem estar melhores no momento — não apenas testar por testar.

Na frente, só não estão chamados aqueles que, no momento, não têm condições físicas. É o caso de Matheus Cunha, com problema no joelho direito, e Raphinha, que está com covid-19.

Por causa das suspensões de Neymar e Vini Jr contra a Bolívia, a disputa para a titularidade na próxima partida, diante da Bolívia, em La Paz, na terça-feira (29), fica ainda mais indefinida. Quem sabe o Pombo não belisque esse espaço e se dê bem na altitude.