Atlético-MG vê Cruzeiro beneficiado com mudança no regulamento do Mineiro
Em novembro do ano passado, representantes de 12 clubes votaram importante mudança no formato de disputa do Campeonato Mineiro. Com aprovação de 11 equipes, foi decidido que o Estadual de 2022 vai ter apenas um jogo na final. O único a ir contra a mudança foi o Atlético-MG, que imediatamente manifestou sua insatisfação. Na ocasião, o Galo foi representado pelo diretor jurídico Luiz Fernando Pimenta, já que o presidente Sergio Coelho e o diretor de futebol Rodrigo Caetano estavam em Curitiba, para jogo com o Athletico-PR, pelo segundo turno do Campeonato Brasileiro.
A irritação foi tamanha, que o Galo chegou a cogitar usar o time sub-20 no Mineiro. O que não aconteceu. Mas, meses depois do arbitral, a insatisfação do Atlético com a final em jogo único voltou a crescer. Dono da melhor campanha, com seis pontos a mais do que o Cruzeiro, o outro finalista, o time alvinegro não tem nenhuma vantagem na decisão do Estadual. Em caso de empate, o título será decidido nos pênaltis.
"Não vi essa mudança com bons olhos. Questiono até hoje qual é a razão de ter feito essa mudança. Não vejo um ganho. O campeonato tem 11 jogos na fase de classificação, mais dois nas semifinais para cada clube e um na final. O melhor jogo, que seria o último, eles tiraram. Era um jogo que daria uma receita fantástica para os clubes mandantes e a torcida veria dois jogos fantásticos", reclamou Sérgio Coelho, o mandatário alvinegro, em entrevista à Rádio Itatiaia.
Para a diretoria alvinegra, a mudança no formato só tem uma explicação: beneficiar os concorrentes.
"É por essa razão? É. Então está bom, é o que a maioria quer. Vamos embora. Estou engasgado com isso, fico até nervoso. As coisas não podem ser tratadas desse jeito, desvaloriza o futebol", esbravejou o mandatário.
Dono de um dos melhores elencos do país, o Atlético é o atual campeão brasileiro e da Copa do Brasil. Favorito nas grandes competições, o Galo pode ser surpreendido pelo Cruzeiro, que está na Série B do Brasileiro, numa final de apenas uma partida. "O que aconteceu com a Itália? Se fossem dois jogos, ela certamente se recuperaria", comparou o presidente do Atlético.
Pelo regulamento do Mineiro, o Atlético teve direito a escolher o vestiário, o banco de reservas e o uniforme.
"Pela atualidade e sendo realista, se o Atlético jogar duas partidas contra qualquer adversário em Minas Gerais, é muito mais difícil o nosso adversário ser campeão. Talvez, hoje, a gente seja um time que tenha condições maiores de ser campeão. Se a gente for mal em um jogo, a gente recupera no segundo. E com um jogo só, foi mal, acabou", completou Sérgio Coelho.
Como é o atual campeão mineiro, o Atlético tinha peso maior que os demais clubes em seu voto no pleito realizado durante o arbitral do Campeonato Mineiro. No entanto, como as demais 11 equipes da competição optaram pela alteração na fórmula, nada o clube alvinegro foi capaz de fazer. Para 2023, os clubes terão de manter o regulamento desta temporada. De acordo com o Estatuto do Torcedor, as mudanças no formato da disputa só podem acontecer a cada dois anos.
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